A tendência é que o centroavante Roger seja desligado nas próximas horas da Ponte Preta, algo já informado pelos repórteres Heitor Esmeriz e Gustavo Biano, do Globo Esporte.
O atleta já foi avisado que está fora dos planos e seus representantes devem ser chamados nesta quinta feira para uma reunião para tratar do assunto.
Vilão? Mocinho? Não sei. Talvez nunca vamos saber o que aconteceu para Roger ser dispensado. Mas é inegável que sua relação com os dirigentes pontepretanos foi como a de cupim dentro do armário. O bicho corrói e come toda a madeira e quando vemos tudo está oco.
Não vou aqui condenar o jogador. Crucificar por ato A, B ou C. Se foi ou não repreendido, isto é de responsabilidade do departamento de futebol profissional. Ponto. Ou se existia um distanciamento entre ele e o presidente do clube, Sebastião Arcanjo, também é da conta dos dois.
Apesar de tais conjunturas, espera-se que a Ponte Preta tenha noção do que perde: um jogador identificado com o clube, focado em agradar a torcida, com personalidade e que encurtava a distância do gramado para a arquibancada. Errava demais no gramado? Com certeza. Entrava várias vezes em impedimento, errava nas conclusões, perdia gols fáceis…Fato.
Agora, será que ninguém parou para se perguntar porque Roger, com todos esses entraves, ainda gerava identificação? Simples: para muitos torcedores, ele poderia muito bem encontrar-se sentado ao seu lado. Ou seja, um torcedor.
Que a diretoria tenha consciência: ela vai demitir um atleta profissional e sim um torcedor. Passional, apaixonado, errante. Mas um torcedor. Tomara que estejam preparados para as consequências de tal ato.
(Elias Aredes Junior)