Ricardinho sai do Guarani e fica uma lição: relações humanas dignas importam. Muito!

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Nesta quarta-feira, o Guarani perdeu do Red Bull Bragantino e deu adeus ao troféu do Torneio do Interior. Ricardinho estava no banco de reservas. Com a camisa 100. Já estava acertado com o Sport.

Questionamentos surgem na mente. A primeira é óbvia: se o jogador não era prioridade da comissão técnica porque ele foi para o banco de reservas? E mais: com a camisa 100. Ou seja, criou-se uma expectativa de entrada no jogo, o que não aconteceu.

Não sei o que aconteceu, mas o fato é que o autor do gol do acesso na Série A-2 de 2018 saiu do clube pela porta dos fundos.

Uma internauta querida, a Angela Guiachetto colocou um comentário em minha página pessoal no Facebook e que está na boca de uma parte dos torcedores bugrinos: que Ricardinho teve um ano de 2018 excepcional e depois caiu de produção. A análise é perfeita. Na veia. Foi isso mesmo que ocorreu com o atleta.

Mas tudo que aconteceu com Ricardinho passa longe de análise de desempenho. Conta, mas não é fundamental. O foco principal são palavras que deveriam ser presentes no futebol e em qualquer ambiente de trabalho: empatia, consideração, gratidão, carinho e tratamento digno.

Vamos parar e pensar. Quantas  vezes ficamos indignados quando uma empresa ou chefe promove uma demissão e destrói a autoestima do ex-trabalhador. Pergunto: por que o jogador tem que ser diferente? Por que ele tem que aguentar calado um tratamento distante, frio e sem qualquer justificativa? São seres humanos. Não são máquinas.

A partir de hoje, Ricardinho é passado no Guarani. Vai seguir a sua vida. Mas que os homens que estão atualmente na instituição entendam: calor humano é bom e todo mundo gosta.

(Elias Aredes Junior)