Análise: Guarani forma brigada dos cabelos brancos e monta vacina contra imprevistos

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Neste processo de reformulação para a Série C do Campeonato Brasileiro, uma medida adotada pelo Guarani deve ser aprovada: a inclusão de jogadores veteranos no elenco. O time já contava com o armador Fumagalli, 38 e agora também terá o zagueiro Ferreira, 31 anos, o volante Zé Antônio, 32 anos, o atacante Pipico, de 31 anos, além dos goleiros Leandro Santos, 31 anos e de Gledson, 33 anos. Pegue todos esses jogadores e você terá 192 anos de experiência no mundo da bola.

Esqueça os conceitos batidos de que o Guarani formará uma equipe Sub-40. Nem tanto. Em primeiro lugar porque o Guarani disputará uma competição que não terá 38 rodadas e sim 18 rodadas em sua fase classificatória e com jogos semanais.

Ou seja, os atletas terão tempo suficiente para a recuperação física e de micro lesões musculares geradas por uma disputa de 90 minutos. A expectativa é por atuação plena e completa dos atletas todas as semanas e em todos os jogos, apesar das viagens.

Outra característica é a cilada armada pela terceirona. Você atua por 18 jogos e decide posteriormente sua vida em dois jogos de 180 minutos e com gol qualificado, ou seja marcado fora de casa como critério de desempate. Imagine a pressão gerada sobre os jogadores do Guarani que terão a obrigação de subir, mesmo que o clube não tenha participado uma vez sequer das quartas de final após a mudança do formato. Não dá para vacilar. É de bom grado contar com atletas tarimbados para suportar a demanda gerada por uma futura participação nas quartas de final e também como escudo dos garotos oriundos das categorias de base.

O exército de cabelos brancos do Brinco de Ouro será precioso no auxilio ao armador Fumagalli, que nos últimos anos, apesar das limitações físicas e falta de mobilidade transformou-se na única opção ofensiva em muitos confrontos da Série C de 2013 a 2015.

A presença dos reforços e do tempo de estrada demonstram que Fumagalli pode respirar aliviado, assim como a torcida. Pode dar errado? Pode. Afinal, o futebol ingrato e prega peças. No entanto, dessa vez o Guarani escolhe quem já conhece o caminho das pedras. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior)