Análise Guarani: melhor continuar com os pés no chão do que sonhar de maneira desvairada

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Um time que valoriza a posse de bola, enfatiza a aproximação entre todos os setores e tem nos volantes um trunfo para aparecer no ataque. Um atacante com força e velocidade para chegar pelos lados gramado além de um preparo físico capaz de buscar a vitória no final do segundo tempo mesmo diante de forte chuva.

Resumidamente este é o estilo de jogo do Guarani no Campeonato Paulista. Conquistou sete pontos em quatro partidas e está a cinco pontos de assegurar sua permanência e  buscar uma vaga nas quartas de final. Para um clube acossado pela fiscalização da Justiça Trabalhista e atormentado por brigas políticas seria um feito e tanto.

Mérito completo e total de Thiago Carpini. Faz muito com pouco. Transforma amendoins em bombons saborosos. Claro, deve-se dar o crédito para o executivo de futebol Michel Alves. Pelas informações obtidas por este colunista, é um sujeito sério e meticuloso.

Tais feitos colhidos até o momento não podem fazer o torcedor bugrino entrar em espiral de alienção. Não há um supertime. Pelo contrário. Pablo tem limitações na lateral-direita, Bruno Silva é irregular na defesa e as opções de banco como Renanzinho e Mateuzinho ainda não mostraram o futebol esperado.

Sem contar Bady, que após bom jogo diante do Mirassol, caiu novamente na mediocridade. Igor Henrique, por sua vez, apesar da força e dinamismo, vive assombrado pelo espectro do departamento médico.

São fatos que mostram um Guarani acertado, disciplinado taticamente e com um comando firme no banco de reservas. Mas que tem um limite. Por isso é melhor continuar com os pés no chão do que sonhar desvairadamente.

(Elias Aredes Junior)