Embalado por quatro jogos de invencibilidade, o Guarani tem um adversário complicadíssimo nesta terça-feira. Mede forças com o Goiás, terceiro colocado na Série B do Campeonato Brasileiro, com moral elevadíssima. Afinal, nos últimos 17 jogos, são 12 vitórias, um empate e quatro derrotas. Isso significa que, para fechar a rodada pela primeira vez no grupo de acesso, o Bugre tem de superar um oponente marcado pela estabilidade, haja vista dificilmente deixar pontos pelo caminho.
O desafio do técnico Umberto Louzer, neste momento, vai além de reunir forças para bater o Esmeraldino. O time de Goiânia pode estar em uma noite infeliz no Brinco de Ouro da Princesa, ser presa fácil – assim como foi na derrota para o rival Vila Nova – e passar a falsa sensação de que os campineiros estão realmente prontos para brigar palmo a palmo por uma das quatro primeiras vagas dos pontos corridos.
O foco da comissão técnica bugrina é manter regularidade, algo impossível no primeiro turno, para garantir permanência no G4 por mais tempo. O Guarani até pode tropeçar e sair do pelotão de frente hora ou outra, mas é fundamental sentir o longo gosto do top-4. Estar na parte de cima, embora seja mais estudado pelos adversários, dá confiança e maturidade, requisitos essenciais a um elenco que busca retornar à primeira divisão.
Louzer é o responsável por dirigir um elenco novo e pouco rodado, apesar das experiências de Agenor, Fabrício Dornellas, Ricardinho, Rafael Longuine e Bruno Mendes. Ou seja, o fator psicológico, nos momentos de maior pressão, é ponto chave para criar a famosa ‘casca’.
Vencer o Goiás não pode significar mil maravilhas. Ajustes táticos e equilíbrio entre os setores ainda precisam ser trabalhados. Se a vitória não vier, nem tudo está perdido. Fato mesmo é que o duelo contra o Esmeraldino representa o início de uma caminhada de 14 decisões, cuja resposta seja conhecida somente em novembro.
(análise: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)