A arrancada do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro deixa uma lição para o mundo do futebol e aos jornalistas que insistem restringir a sua cobertura aquilo que acontece dentro das quatro linhas.
Nada acontece por acaso. O fato é que Thiago Carpini só ganhou a efetiva tranquilidade para trabalhar depois da solução momentânea da crise política. Sem intenção de personalizar qualquer discussão, a saída de Palmeron Mendes do Conselho de Administração e a resolução encaminhada pelo grupo oposicionista Hoje e Sempre Guarani de apoiar a postergação da análise dos demais membros do C.A para o dia 02 de dezembro concedeu a tranquilidade necessária, apesar da ausência de um diretor de futebol.
Mas os mesmos que tomaram tal medida sensata não podem eximir-se de um exame rigoroso após o termino da Série B.
Convenhamos: de um grupo de 38 ou 40 jogadores você conseguir extrair apenas de 14 a 17 atletas de qualidade é uma prova cabal de que o trabalho foi decepcionante.
Após a ultima rodada da Série B não se pode ignorar todos os erros administrativos cometidos e especialmente a ausência do cumprimento da sentença judicial, que na prática impede o Guarani de pensar na construção de sua arena. O gol não é elixir do esquecimento.
Thiago Carpini e os atletas envolvidos na ressurreição não podem ser esquecidos e devem ser homenageados caso a permanência vire realidade. Os dirigentes, responsáveis por todo esse drama não devem escapar da avaliação merecida e na hora exata. Por enquanto, a única atitude conveniente é respirar aliviado.
(Elias Aredes Junior)