Este Só Dérbi sempre defendeu que o futebol é complexo. Dinâmico. Medicina, fisiologia, fisioterapia, economia, cultura…Tudo está relacionado com o principal esporte do planeta. Existe a necessidade de contar com profissionais gabaritados e entender os cenários. Neste movimento dos clubes da Série B favoráveis a Medida Provisória 984 e ao direito de arena do mandante, algumas agremiações defendem que toda a negociação deve ser feita de modo conjunto. Todos unidos para viabilizar o melhor preço. Certissimo.
Corinthians, Flamengo, Vasco, São Paulo e outros menos cotados podem até sobreviverem nestes novos tempos. Com os times médios e pequenos, o quadro é diferente. Muito diferente.
Ao ser alertado por uma postagem do torcedor pontepretano André Salles, uma “conta de padaria” veio em minha mente. Hoje, a cota total de televisão da Série B é de R$ 8 milhões. Por 38 jogos.
Digamos que os clubes da segundona decidam fazer negociações individuais. Pelos 19 jogos como mandante, para sustentar o valor de 2019, o valor de cada jogo seria de R$ 421 mil.Ok, concordo que as partidas de Guarani e Ponte Preta contra o Cruzeiro podem obter tal valor unitário. Confrontos com o Vitória (BA) idem. O dérbi nem precisamos falar.
Vem a parte incômoda: e Guarani x Confiança? E Ponte Preta x Operário? Como convencer as televisões a pagarem igual valor? Mais: como convencê-las a desembolsar tal valor se todas passam por dificuldades financeiras? E a base de torcedores campineiro é suficiente para arrecadar a cada partida valor parecido no You tube, mesmo com patrocinadores de peso?
Não é implicância. É a realidade. Ou todos os clubes da Série B ganham dinheiro juntos ou será o caos.
(Elias Aredes Junior)