Análise Ponte Preta: desempenho que assegura o presente. E deixa o futuro nebuloso e sem perspectiva

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Chiadeira ampla, geral e irrestrita. Um futebol pobre e sem alternativas. Nem a vitória sobre o Novo Hamburgo e a classificação  à segunda fase da Copa do Brasil foi suficiente. Poucos estão felizes com o futebol exibido pela Ponte Preta. Parece que todo o esforço para reforçar o elenco foi em vão.

Prudente dizer que as reclamações neste instante dificilmente serão correspondidos com resultados amargos. O esquema tático do técnico Gilson Kleina é mais do que suficiente para classificar-se no Paulistão e também na Copa do Brasil. Se reclamamos sobre a falta de qualidade da Macaca os oponentes não ficam atrás. Ou alguém acredita de que o Vila Nova poderá surpreender no Majestoso no dia 26 de fevereiro ou 04 de março?

Em condições normais, a Ponte Preta passa. No Paulistão, o roteiro é o mesmo. Por tudo que jogaram nos cinco primeiros jogos, é duro acreditar que Oeste e Água Santa podem surpreender o elenco pontepretano. Ou seja, é quase certa a classificação da Macaca para encarar o Santos. E não se espante se, mesmo com suas limitações técnicas e táticas, a Alvinegra campineira surpreender o gigante paulista, claramente em posição de transição com Jesualdo Ferreira.

Agora, e no futuro? Esta produção empolga ao ponto de acreditar em boa produção na Série B do Brasileirão? Terá capacidade para suplantar um Cruzeiro fragilizado? E os outros concorrentes?

Pode alcançar o nível de Red Bull Bragantino, Sport, Coritiba e Atlético-GO, os promovidos no ano passado? Gilson Kleina poderá fazer o time jogar para propor o jogo e envolver o oponente no toque de bola? E vou além: os dirigentes já pensaram e planejaram tais requisitos? Já fizeram tal projeção?

Não, não prego a demissão de Gilson Kleina. Indignado pela exibição pobre contra o Novo Hamburgo cheguei a pronunciar algo semelhante na Rádio Brasil. Só que uma medida agora será danosa aos cofres do clube. Pagamento de multa e rescisão contratual seriam prejudiciais. O que deveria acontecer é uma cobrança mais enérgica para que novos elementos sejam colocados na estratégia de jogo. É uma tarefa no colo de Gustavo Bueno.

E isso dá para fazer agora. Sem esperar o futuro.

(Elias Aredes Junior)