Análise Ponte Preta: jogar com três zagueiros não é uma questão de escolha tática e sim de sobrevivência na Série B. Leia e entenda

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Algumas vezes o futebol lhe dá opções. Em outras te coloca em um beco sem saída. A segunda opção está diante da Ponte Preta após a derrota para o Cruzeiro e às vésperas do dérbi 200.

Sem rodeios: Gilson Kleina está “condenado” a montar o time com três zagueiros se quiser nutrir alguma possibilidade de buscar uma redenção na competição.

O raciocínio está óbvio: o elenco é mal montado e limitado.

Culpa exclusiva do presidente Sebastião Arcanjo e dos executivos de futebol, especialmente Alex Brasil, que formou a base existente em campo. Alarcon Pacheco? Por enquanto não podemos tecer qualquer conclusão. Ele troca o pneu com o carro em movimento. Difícil.

Além da limitação técnica e da ausência de opções para fazer o time mostrar futebol em campo, Kleina sabe que a equipe tem um defeito crônico: a recomposição. Dificilmente o time  forma as linhas defensivas de modo competente. Problema físico? Falta de atenção e concentração? Nenhuma opção pode ser descartada. Fato é que o problema existe.

Fato é que com três zagueiros existe uma segurança quando ocorre a perda da posse de bola. Já existe previamente jogadores posicionados e que proporcionam tempo para a recuperação e o bote no adversário. O gol sofrido contra o Cruzeiro não tem relação com o posicionamento tático e sim com falta de atenção defensivo e um vacilo do goleiro Ygor Vinhas em relação ao chute, que foi fraco.

Você pode atuar com três zagueiros e ser ofensivo. Ou ser defensivo. A Ponte Preta precisa abraçar a prática  por uma questão de sobrevivência. Caso contrário, o abismo da Série C é logo ali.

(Elias Aredes Junior- foto de Alvaro Junior-Pontepress)