Análise Ponte Preta: mais do que torcer, o que resta é exercer a fé e esperar por dias melhores

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Atitude natural e coerente é culpar a estratégia do técnico Gilson Kleina no jogo diante do Sampaio Côrrea. Uma equipe que ficou atrás , puxou poucos contra ataques e nos minutos finais permitiu a pressão que culminou com a derrota.

Explicações foram dadas pelo técnico e o torcedor hoje encontra-se inconformado e preocupado. Inconformado por verificar tantos jogadores limitados e uma estratégia que deixará o torcedor pontepretano com o coração na boca a cada rodada disputada longe de Campinas. Preocupado pela presença provisória na zona do rebaixamento e a inexistência de vitória na temporada nacional.

Nem preciso dizer uma frase batida e surrada: futebol é processo. Sem tempo, repetição, treinamentos, definição de uma estratégia não há como sonhar com dias melhores. Em equipes limitadas, como a Ponte Preta, é algo fundamental.

Algo deve ser dito. E perguntado: o que pode ser obtido com esse atual time? Qual o potencial máximo a ser alcançado? Culpar treinador X ou Y não foge de uma constatação: os atuais jogadores colocados à disposição são, em sua maioria, fracos. Não corresponde a expectativa do torcedor.

Camilo é colocado no setor ofensivo não é porque a prioridade é uma sacada tática e sim porque Paulo Sérgio decepciona e João Veras não transmite a confiança necessária. Consequência: Rodrigão terá sua preparação acelerada. Pode apostar.

Kleina conta os dias para contar com Lucas Cândido de segundo volante porque Vini Locatelli e Léo Naldi não dão conta do recado. Se existisse um segundo volante mais dinâmico ou com maior constância nos 90 minutos certamente o quadro seria diferente. A realidade pega outro rumo.

Felipe Albuquerque comete erro atrás erro. Todos concordamos. Mas quem pode substitui-lo? E o que dizer de Ruan Renato, protagonista de lances bizarros. Fábio Sanches será anunciado nos próximos dias e não será surpresa receber a braçadeira de capitão e de titular absoluto.

Rafael Santos não arranca suspiros? Concordo. Pense entretanto na imaturidade de Jean Carlos e o rendimento ruim de outros ocupantes da posição em vários jogos nesta temporada.

A Ponte Preta não tem saída. Sem recursos, com o jeito é apostar de que no futuro os reforços contratados entrarão em campo e que vão produzir algo melhor. Mais do que esperança, torcer pela Ponte Preta é um exercício de fé. Pelo menos com esse time.

(Elias Aredes Junior)