Análise: Ponte Preta, saída de Alex Brasil e falta de crença na profissionalização administrativa do futebol da Ponte Preta

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Pode ser que daqui a três ou quatro meses este texto tenha perdido a validade. Que a Ponte Preta celebre uma colocação fantástica no Campeonato Paulista e esteja no pelotão de elite para subir a divisão principal do futebol brasileiro. Só que a nossa função é analisar os fatos. E fica impossível deixar de conviver com péssima impressão após Alex Brasil ser desligado da Macaca após 71 dias de trabalho.

Versões circulam nas redes virtuais: incompatibilidade de ideias, brigas internas, problemas familiares, proposta de outro clube…Não se sabe a verdade. Quando existem diversas histórias em circulação, algo é certo: a diretoria executiva não esclareceu de maneira correta o torcedor . E não venham com a hipocrisia de culpar a assessoria de imprensa. Seus integrantes apenas cumprem ordens e são intermediários da mensagem. Ou seja, não cola terceirizar a culpa.

Uma decisão interna não precisava ser vazada e comunicada pela própria direção do clube antes da bola rolar em Novo Horizonte. Ou melhor: se a decisão final fosse tomada na segunda-feira, o processo não seria alterado. Os jogadores entraram em campo com a impressão de que o time que já não tinha diretor estatutário e coordenador de futebol, agora estava sem executivo. Ou seja, nau a deriva. É a comissão técnica e os jogadores sem escudo e respaldo. Imagine como tal informação cai entre a rede de empresários…Pois é.

Se a decisão foi tomada no sábado, existia até o final de semana para sob sigilo, contratar um novo executivo para cumprir a tarefa e anunciar a saída do antigo titular e a nova aquisição. Não adianta. O estrago está feito. Tentamos obter junto a direção do clube quem será o novo responsável pelo futebol.

Estrago mais profundo se percebermos que Alex Brasil foi participou da montagem do elenco.

A torcida da Ponte Preta é fanática, dinâmica, criativa exigente. Deseja apenas que a força da arquibancada seja transferida para os gabinetes. Pena que a diretoria executiva não acompanha o raciocínio. E já faz tempo.

(Elias Aredes Junior)