Publicamos na quarta-feira uma reportagem sobre o fato de Sergio Carnielli ter investido R$ 104 milhões e que 63,24% da divida com o dirigente ter sido contraída em espaço de nove temporadas. O tema é de relevância por alguns motivos. Primeiro pela reunião do Conselho Deliberativo marcada para o próximo sábado às 09h30 no salão nobre do Majestoso e que terá a Arena como tema. É por intermédio da arena que o empresário tentará reaver o dinheiro.
Os fatos, no entanto, trazem umj enfoque vital, que é a analise do legado de Carnielli. Que ele tirou a Macaca da UTI disso ninguém tem duvida. Trouxe dignidade, respeito e reavivou a esperança em uma comunidade que já parecia sem rumo. O enfoque é outro: o dinheiro foi bem aplicado?
Para fazer uma análise é preciso tirar as vendas dos olhos. Se idolatrar políticos, jogadores ou qualquer pessoa é um erro porque retira a capacidade critica para verificar erros e defeitos, tal conceito pode ser extendido ao ex-presidente.
Ele pode ser competente. Mas não é deus. Não é divino. E queiramos ou não, os seus 104 milhões podem ter deixado o clube em patamar digno, mas não foi suficiente para melhorar as instalações do estádio Moisés Lucarelli ou sequer construir um novo Centro de Treinamento. Sua única ideia seria a Arena e também um CT em Sumaré que seria feito com incentivos fiscais. E ambos os projetos não sairiam do papel. São erros de gestão. Queiramos ou não. E devem ser abordados.
O tema tem que ser enfocado porque se muitos querem o retorno de Sérgio Carnielli dentro da administração da Macaca – o que é defendido por integrantes da mesa do Conselho Deliberativo- isso só será positivo com uma mudança de postura e de decisão por parte do próprio Sérgio Carnielli. Como? Admitindo seus erros de gestão e aplicar uma nova forma de ver o futebol.
Não custa ter esperança.
(Elias Aredes Junior)