Análise: por que o Guarani quer mudar a gestão no futebol?

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Em entrevista coletiva na tarde de segunda-feira, dia 21, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho admitiu que a junta jurídica começa analisar as propostas para uma Co-Gestão no futebol. Não existe ainda uma definição sobre aquilo que será feito, mas a especulação gera uma expectativa na torcida bugrina, sofrida por tantos anos de decepções.

A perspectiva de um oásis não impede o surgimento de questionamentos pertinentes e o principal deles é básico: o que o Guarani deseja com a parceria?

O que os parceiros desejam do clube? Pergunta banal e corriqueira à primeira vista, mas não é assim. Infelizmente, os torcedores pensam no curtíssimo prazo. Ou seja, dinheiro na mão para montar bons times. Insuficiente.

Se por trás da co-gestão não existir estabelecimento de objetivos claros, tudo será pó. Vou além: Palmeron dizer que pretende fazer o Guarani retornar a Copa Libertadores é algo que flerta com o populismo.

Interessa saber a forma como o dinheiro vai ser aplicado na equipe, quais serão as posições prioritárias de contratações, em quantos anos o Alviverde deseja chegar na Série A do Brasileirão, como pretende utilizar a Co-Gestão para melhorar sua infra-estrutura, entre outros questionamentos.

E dos futuros parceiros, que sejam colocadas cláusulas que obriguem a enxergar a agremiação como mera parada para encher o cofre. Exemplo prático: estipular rompimento de contrato em caso de rebaixamento é algo que viria bem a calhar.

Sim, eu sei que as propostas serão submetidas ao Conselho Deliberativo e a Assembléia de Sócios. Nestas ocasiões, presume-se que todos tomarão conhecimento dos detalhes.

Seria a ocasião para, dentro do possível, mostrar ao torcedor bugrino qual o Guarani vislumbrado para daqui 10, 15 e 20 anos. Isso não é papel apenas de um dirigente, e sim de um estadista. Esperamos que Palmeron esteja à altura da missão.

(análise feita por Elias Aredes Junior)