Analisar denúncias no calor dos acontecimentos é um risco. Julgamentos precipitados podem ser cometidos. Mas alguns preceitos podem e devem ser colocados. As denúncias veiculadas nesta quinta-feira pelo portal “Esportes On line” e que envolvem ex-diretor de marketing o diretor Eric Silveira são graves. E necessitam de respostas urgentes.
A primeira e principal é se a diretoria pontepretana tinha conhecimento de que o Bar 1900 estava sendo repassado para Rosemeire e que segundo ela era apenas fachada. Ou seja, para que o dirigente continuasse aferir rendimentos e de certa forma driblar o estatuto. José Armando Abdalla junior e Gustavo Valio precisam responder isso de modo energético, rápido e eficiente. Assim como a questão dos ingressos cedidos para torcida organizadas.
Não há como saber o alcance das denúncias. O Conselho Deliberativo certamente será forçado a entrar em campo. Debater. Investigar. Apurar as denúncias com rigor. E o principal: concessão de amplo direito de defesa tanto para Eric Silveira como também para que os integrantes da administração deêm suas explicações.
E entramos em outro ponto: governabilidade. O fato é que se todas as denúncias forem verdadeiras, a situação de José Armando Abdalla Junior ficaria insustentável. São fatos com potencial para fazer um estrago em uma administração que já anda trôpega e sem rumo. Só respostas dadas de modo energético e convincente podem virar o quadro. Jogo de palavras não levará a lugar nenhum. Pelo contrário.
Os atuais dirigentes estão em um beco sem saída. Ou demonstram um poder de reação forte e vigoroso e habilidade política ou podemos assistir o derretimento de uma administração que já marca muitos gols contra nos gabinetes e no gramado.
Rigor? Exagero? Nada disso. Realismo. Em um país destroçado séculos e séculos de corrupção e desmandos, qualquer passo em falso é fatal.
A atual diretoria corre contra o relógio. Já sai perdendo no placar. E com torcida contra.
(Análise de Elias Aredes Junior)