Análise: Serenidade e pés no chão. A receita do Guarani para buscar a vitória no dérbi

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O técnico Thiago Carpini tem o desafio de vencer o seu primeiro dérbi. Terá período mais do que suficiente para treinar e buscar um substituto para Deivid, além de encontrar um esquema tático confiável. Sem contar que o saldo como anfitrião neste Paulistão é de uma vitória contra o Santo André, empates contra Novorizontino e Água Santa e uma derrota para o Santos. Convenhamos: poderia ser melhor.

Só que o torcedor não quer saber. Exige vitória. Acredita que o oponente está fragilizado tecnicamente e não há como aceitar um empate.

Essa é a armadilha. Apesar de sua boa intenção e de possuir um esquema tático azeitado, são notórias as dificuldades bugrinas para tomar a iniciativa no gramado, especialmente com a ausência de Bidu, que desafogava no lado esquerdo. A característica do elenco encaixa-se melhor na filosofia de contra-ataque.

Marcelo é bom jogador. Tem qualidade. Bom no jogo aéreo. Mas é obvio que não tem o entrosamento necessário. Se a equipe ficar afobada em decidir tudo poderá ficar exposto ao contra-ataque pontepretano e automaticamente o volante e os zagueiros podem ficar em apuros. Não funcionou até agora? Concordo. No entanto, o clássico campineiro é especialista em abrir vitória para quem está fragilizado.

A vitória pelo dérbi passa por Carpini adotar serenidade. Não cair na pilha. Ser meticuloso e até adotar medidas impopulares se este for o caminho mais seguro. Caso contrário, a surpresa amarga poderá acontecer.

(Elias Aredes Junior)