Ponte Preta e um aviso aos dirigentes: arrumem a casa primeiro e depois pensem em clube empresa. E se a torcida quiser!

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Este artigo não será apenas uma análise. Será um pedido de esclarecimentos tanto para o presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos, o presidente Tiãozinho, além  de outros ex-dirigentes influentes, como Vanderlei Pereira e Sérgio Carnielli.

A pergunta inicial é simples: é bom momento para se falar em transformar a Macaca em clube empresa? A discussão não deveria ser abortada no Conselho Deliberativo?

Vamos partir de uma premissa. A Ponte Preta não tem dono. Seus associados é que são responsáveis em cuidar do patrimônio e da história. De imediato, posso chegar a conclusão de que se for vender o clube para um controlador é justo que se arrecade a maior quantia possível. E que de preferência o comprador viabilize um aporte financeiro.

Agora, como atrair gente do ramo e competente com a Ponte Preta no atual estágio administrativo e esportivo? Vou além: o que a Macaca ganharia se negociasse com um investidor em condição de inferioridade?

Quem vai querer comprar um time ameaçado de ir para a Série A-2 no Paulistão, cuja visibilidade é muito menor se comparada ao Paulistão. Vou além: como fechar a conta da nova Arena sem disputar as principais divisões?

Se realmente ama a Ponte Preta – e ele ama- Sérgio Carnielli deveria ser o primeiro a requisitar a suspensão de toda e qualquer discussão de clube empresa. Sua dívida só poderá ser paga sem gerar traumas aos cofres se estiver em todos os campeonatos de ponta e com estrutura e receita de ponta.

E isso demanda tempo. Gerar receita com métodos modernos e desafiadores, assim como fazem Athlético-PR e Bahia. Para cumprir tal tarefa, o clube deveria chamar executivos para colocar a Ponte Preta no patamar que ela merece. Não chama. E deixa uma impressão de improviso e que é chancelada por figuras que sempre deram as cartas nos últimos anos.

Quem me acompanha neste espaço sabe que nunca faço sugestão de nomes. Mas dessa vez vou abrir exceção. Até hoje não existe explicação para Eduardo Lacerda, conhecido e renomado executivo não colaborar diretamente com o dia a dia da Ponte Preta.

É por essas e outras que a missão primária da Macaca seria a de arrumar a casa para depois buscar um parceiro ou vender os ativos do futebol. Quem pensa realmente na Ponte Preta não trabalha apenas pela manutenção no Paulistão, mas em planejar um futuro melhor.

(Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. A discussão deveria ser técnica! Qual a forma de capital (S/A, Limitada)? A partir disso como seria a composição de capital? Haverá minoritários? Qual seria o tag along? Qual a distribuição de dividendos? Qual o valuation? Qual o fluxo de caixa operacional? Qual a taxa interna de retorno? Qual seria um EBTIDA razoável? Qual seria o ROE? Essas são premissas mínimas a serem discutidas, para a formação de uma empresa ou clube empresa. Tanto imprensa como diretoria deveria se debruçar sobre tais parâmetos, para no mínimo discutir se seria viável ou não. Qualquer coisa que fuja disso é achismo!