As aparências enganam. Nunca uma frase foi tão adequada para fazer uma análise de uma equipe. Das 15 partidas disputadas na Série A-2 do Paulistão, o XV de Piracicaba segurou o ataque adversário em sete oportunidades. Deveria ser um mostra de que a defesa é bem armada.
Ledo engano. Este colunista do Só Dérbi fez uma pesquisa sobre os 17 gols sofridos pelo Nhô Quim e chegou à conclusão de que as falhas de estrutura defensiva estão enraizadas. Melhor da história: o Guarani pode aproveitar devido ao seu poderio ofensivo.
Dos 17 gols sofridos pela equipe de Evaristo Piza, apenas o de Bruno Nunes, do Nacional, no empate por 2 a 2 aconteceu de fora da área. Em todos os outros, os adversários tinham facilidade não só para penetrarem dentro da área, como até por vezes para completar nas próximas do gol, como Felipe, na vitória quinzista por 2 a 1 contra o Votuporanguense.
Sem contar as fragilidades em encarar um time veloz, como na derrota para o Rio Claro por 3 a 1, em pleno estádio Barão de Serra Negra quando Sapeca deitou e rolou e fez o último gol de contra-ataque. Sinal de que os esforços do técnico quinzista foram em vão e a defesa formada por Oziel, Vinicius Simon, Marcondes e Pedrinho têm debilidades.
Qual a perspectiva? Que se nada acontecer de errado, Bruno Nazário e Erik terão facilidades no jogo em Piracicaba. São velocistas, rápidos, carregam a bola colada no pé e em progressão. Típico lance em que o oponente demonstrou dificuldades em marcar na fase classificatória. Sem contar que cruzamentos da zona intermediária feitos pelo oponente geralmente encontram atacantes com liberdade para dominar e arrematar. Foi assim que Éder Paulista fez o gol de honra da Internacional de Limeira e que Nathan empatou para o Taubaté.
O oponente tem seus trunfos. Mas, se os jogadores e a comissão técnica do Guarani forem inteligentes, tem tudo para se aproveitarem da situação.
(análise feita por Elias Aredes Junior)