Análise: Torcida do Guarani vence a queda de braço. Mas agora é responsável pelo fracasso ou sucesso do próximo treinador na Série B. Leia e entenda

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A demissão de Allan Aal na manhã desta terça-feira tem um vencedor: a torcida do Guarani. Por intermédio da pressão nas redes sociais, os torcedores bugrinos destruíram a fortaleza de convicção do presidente Ricardo Moisés e do comandante do futebol, Michel Alves. As redes sociais fizeram mais uma vitima no futebol brasileiro. Pedido feito e aceito. De imediato.

O fato não exime de apontar um conceito:  reivindicações e atitudes provocam responsabilidades.

A Série B será difícil.

Espinhosa.

Equilibrada.

Equipes de bom poderio técnico vão atrás das quatro vagas e da manutenção. Independente de quem seja contratado, o torcedor do Guarani terá que assumir a sua parcela de responsabilidade. Será um tiro no pé adotar a postura de criticar o trabalho da próxima comissão técnica, com duas ou três rodadas. Mesmo que o time jogue um péssimo futebol.

Por que?

Dessa vez, a troca não poderá ser feita de qualquer jeito. Não poderá abraçar uma outra comissão técnica na trilha da aposta. Não esqueça da regra de limitação de troca de treinadores. Se algo der errado, dessa vez, a torcida do Guarani não poderá dizer que os dirigentes são responsáveis exclusivos do processo. A torcida é sócia. Se bobear, majoritária.

Trégua? Freio de mão puxado? Não sei como definir. Mas o comportamento terá que ser diferente.

Se a troca fracassar a perda será de todos. A margem de manobra será limitada. Se o fracasso acontecer o presidente do clube e os responsáveis pelo futebol poderão dizer em alto e bom som: vocês não podem dizer que são isentos. Pense nisso.

Torça. Mas com a consciência de que agora não dá para errar tanto.

(Elias Aredes Junior)