Análise: torcida pontepretana, entre a euforia e a depressão em 90 minutos. Por que?

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O tema do artigo é repetitivo. Enfadonho. Tedioso. Precisa ser abordoado. Talvez o torcedor pontepretano já tenha em mente aquilo que vou expor. Poucos vão assimilar, mas é preciso dizer.

A Macaca perdeu do América Mineiro e as arquibancadas virtuais saíram da euforia a depressão em questão de segundos. Na semana passada, o time teve desempenho digno, Brigatti era espetacular e as perspectivas eram as melhores. Hoje, domingo, dia dos Pais, ninguém presta.

Deixou a desejar em alguns momentos? Concordo. João Paulo deveria ter batido o pênalti com mais esmero? Nem preciso argumentar. Só sou obrigado a constatar o erro crasso do torcedor pontepretano , que confunde o curto prazo com o médio e longo prazo.

No curto prazo, a derrota deve ser lamentada. Só que para as outras 37 rodadas não há motivo nenhum para desespero. Primeiro que o revés ocorreu para um concorrente direto e que vinha bem na temporada. Então, nenhum resultado poderia ser descartado. E ainda tem o confronto do returno para recuperar os pontos.

A competição tem mais 37 rodadas, reforços foram contratados e serão incluídos em médio e longo prazo. Ou alguém acha que Luan Dias não tem potencial? Ou dá desprezar o potencial técnico de Camilo, Zé Roberto, Osman, entre outros? Estranho tal comportamento porque a torcida da Ponte Preta já ganhou motivos mais do que suficientes para confiar no alicerce. Ou seja, o preparador físico Juvenilson Souza, o auxiliar técnico Bazílio Amaral e o próprio técnico João Brigatti.

Se estivéssemos em uma série de cinco derrotas seguidas, com péssimas atuações e rendimento abaixo da critica, até entenderia. Não é o caso.

Vou mais longe: as oscilações serão comuns para uma equipe que contratou mais de 10 reforços. O que importa é saber em que posição estará a Ponte Preta ao final da 28ª rodada. Se estiver próximo da zona de classificação com nesta ocasião, estará no páreo. Antes, é preciso entender a dinâmica do campeonato e compreender os solavancos de um torneio tão longo.

(Elias Aredes)