Thiago Carpim é do bem. Vive e respira futebol. Não se acovarda diante dos desafios. Não há reparos na sua conduta profissional e pessoal. Características positivas que ficaram em evidencia após vencer Londrina e Figueirense e diminuir a distância para o primeiro time fora da zona do rebaixamento, que é o time catarinense. Neste assunto um tema é ignorado. E deveria ser medido e discutido: e se ocorrer oscilação e Carpini afundar juntamente com o elenco? Qual será a perda?
Não, não é pessimismo exagerado. É preciso colocar as coisas como são: o elenco não deixou de ser limitado, pessimamente planejado e com respaldo de um Conselho de Administração que prima mais pela incompetência do que por iniciativa. Dirigentes que sequer conseguiram fechar um contrato com Renê Simões.
Ou seja, por maior que seja o esforço de Thiago Carpini, a infraestrutura, a incapacidade que lhe rodeia poderá lhe tirar as forças em médio e longo prazo. E
se (veja bem, coloco na condicional) a zona do rebaixamento continuar a ser uma realidade, todos serão fritados a céu aberto pelas arquibancadas. Inclusive Carpini. E indiretamente perde-se um profissional que poderia ser melhor trabalhado e lançado como técnico definitivo em conjuntura melhor.
Engana-se porém quem pensa que o colunista é contrário a efetivação de Carpini. No atual momento, é preciso correr riscos. O que não se pode é ignorar o que está em jogo.
(Elias Aredes Junior)