O Conselho Deliberativo da Ponte Preta aprovou, na noite desta quarta-feira, dia 25, o balanço financeiro referente às contas de 2017, último ano da administração do empresário Vanderlei Pereira, cujo saldo foi um déficit de cinco milhões, além de rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro.
O fato que chamou atenção é que pontepretanos históricos e influentes votaram contrários ao relatório, como o ex-presidente Marcos Garcia Costa, o jornalista Zaiman de Brito Franco, Mauricio Lombardi, além do ex-diretor de futebol e ex-presidente Pedro Antonio Chaib.
O saldo do encontro tem versões distintas. Em conversa com a reportagem do Só Dérbi, um componente da diretoria executiva afirmou que tudo transcorreu em tranquilidade e sem sobressaltos. O encontro demorou, segundo ele, por causa da leitura do relatório efetuado do parecer do Conselho Fiscal e também graças às explicações do diretor financeiro Gustavo Valio e também da auditoria contratada para fazer o documento.
A oposição, entretanto, tem uma visão totalmente diferente. Dois componentes ouvidos pela reportagem afirmaram que o resultado acachapante foi consequência direta dos entraves surgidos nos bastidores.
Nos últimos dias, os oposicionistas contavam com o apoio de um grupo dissidente liderado por Fernando Porto e pelo ex-vice-presidente Giovanni Di Marzio. O primeiro, apesar de ter votado contrário ao balanço, não teve força suficiente para demover a postura de outros conselheiros, inclusive de Di Marzio, que votou pela aprovação do relatório.
Não para nisso. De acordo com contas dos oposicionistas a ausência de 40 conselheiros, todos ligados ao grupo dissidente, foi decisiva para a aprovação sem sustos.
Além disso, as reclamações foram direcionadas ao presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves do Santos, que colocou um aviso nas cadeiras para alertar que não seriam permitidos excessos. Apesar do clima tenso, não houve registros graves.
A reportagem do Só Dérbi enviou mensagem para o ex-vice presidente Giovanni Di Marzio, mas ele não respondeu até o fechamento desta matéria.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)