Apesar de autorização da Federação, Prefeitura e MP estipulam dérbi 196 com portões fechados

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Apesar da autorização por parte da Federação Paulista e da CBF, uma reunião realizada no final da tarde desta sexta-feira entre o presidente do Guarani, Ricardo Moisés, o mandatário da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, além de representantes da Prefeitura Municipal de Campinas definiu que o dérbi 196 será realizado com portões fechados e com acesso liberado apenas para os profissionais da TV Globo, detentora dos direitos de transmissão da competição. A partida está marcada para as 20 horas desta segunda-feira, no estádio Brinco de Ouro. A medida é para prevenir-se quanto ao Coronavirus.

Durante todo o dia, autoridades emitiram diversos sinais de que não aceitariam a realização da partida com portões abertos e com a presença apenas da torcida do Guarani. O primeiro sinal foi do secretário municipal de saúde, Carmino de Souza, que foi acompanha da promotora do Ministério Público, Cristiane Hilal.

Em contato com a reportagem do Só Dérbi, minutos antes da decisão ser anunciada, ela disse que se fosse possível aceitaria também o adiamento da partida. Sua recomendação foi de que o jogo fosse com portões fechados. “O que não pode é registrarmos aglomerações. Mas entendo os motivos da torcida do Guarani e se for melhor adiar, tudo bem”, afirmou a promotora. No entanto, no ofício que enviou a Prefeitura, a promotora deixou claro que  providências devem ser tomadas em relação a outros eventos.

Já o secretário defendeu a validade da sua decisão. “Em primeiro lugar, eu não queria que ficasse marcada essa decisão como sendo ligada à questão do dérbi. Quero deixar bem claro que a situação da epidemia se agravou, hoje o município tem um caso confirmado, 130 pessoas estão em recolhimento domiciliar compulsório, que são os contactantes desse primeiro caso. E nós estamos muito atentos a tomar todas as decisões que sejam necessárias. A única ação que o poder público pode fazer nesse momento, que a comunidade pode fazer nesse momento para mitigar a evolução da epidemia é não deixar ou diminuir as aglomerações humanas”, afirmou o secretário de saúde durante entrevista coletiva.

(Elias Aredes Junior)