Bom jogador ou cabeça de bagre? Qual a imagem deixada por Davó no Guarani?

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O torcedor bugrino tem todos os motivos para ficar frustrado com a venda de Davó ao Corinthians. Além de não contar por mais seis meses com o jogador, diante das informações divulgadas, os valores ficaram bem aquém para um garoto de 20 anos. O risco é do Corinthians? É. Mas poderia ser vendido em conjuntura melhor.

Agora, uma parte da torcida demonstra uma postura sem nexo em relação ao jogador. Senão vejamos: Davó estourou na Copa São Paulo do ano passado, marcou gols e virou esperança . Problemas de bastidores fizeram com que o departamento de futebol promovesse um afastamento até que o atleta colocasse a cabeça no lugar.

Para alguns torcedores pouco importou o fato. A diretoria de futebol era massacrada diariamente e Marcus Vinicius Beck e Fumagalli, os responsáveis , não tinham seus argumentos levados em consideração. Davó deveria jogar e pronto.

Quando surgiu na Série B, o atacante teve uma performance de qualquer atleta em início de carreira. Alguns jogos de ótimo nível, como diante do Figueirense fora de casa e e contra o Atlético-GO e algumas de baixo aproveitamento técnico. E foi decisivo. E dou uma prova: seus gols contra São Bento e Figueirense asseguraram quatro pontos ao time bugrino. Pense o Alviverde sem esses pontos…

A temporada terminou, o Guarani assegurou a manutenção e obvio que surgiu o interesse do Corinthians. Eis que de repente, o jogador virou um perna de pau ou um traidor para muitos torcedores bugrinos. Pergunta: com qual objetivo? O que se ganha em troca?

No grupo de discussão do Só Dérbi, o comerciante Ricardo Zimaro chamou atenção ao fato de que João Paulo levou três anos para render em alto nível, enquanto que Evair teve que ser emprestado ao Anapolina e Luizão ao Paraná antes de marcarem seus nomes.

Nos últimos 20 anos, os dirigentes bugrinos tiveram a incompetência como marca. Fato. Colocaram a agremiação em um patamar deplorável. Alguns deveriam até sofrer investigações severas. Só que a torcida não está imune a criticas.

O jogador limitado pode e deve ser criticado.

Entretanto, os atletas com um mínimo potencial técnico não podem ser jogados na masmorra ao sinal da primeira oscilação. Não há trabalho que resista.

(Analise feita por Elias Aredes Junior)