Brigatti, dérbi e a postura ideal para triunfar no mercado de treinadores

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João Brigatti, técnico da Ponte Preta, durante partida contra o Corinthians, válida pela oitava rodada da primeira fase do Campeonato Paulista 2017.

Para rebater o artigo em que condeno a postura e a atitude de Giba Moreno, integrante do Conselho de Administração, os torcedores do Guarani sempre lançaram um argumento com no foco o ex-goleiro e agora técnico João Brigatti. Citavam suas peripécias em dérbis passados, quando colocou uma bandeira no meio do gramado ou no turno inicial quando provocou a torcida bugrina no Brinco de Ouro. É a chance para Brigatti refletir e pensar na reformatação de sua carreira.

As atitudes descritas acima são condenáveis. São de torcedores e não de um profissional da bola. Deveria merecer punição, assim como de Giba Moreno. O detalhe é que o ex-arqueiro agora abraçou um processo sério e irreversível: ser treinador de futebol. Não só da Ponte Preta, e sim do mercado.

Um dia sua estadia no Majestoso acaba e ele ficará disponível. Vai abrir novas fronteiras. Saber de sua postura de torcedor pontepretano não vai adiantar para um futuro contrato. Pelo contrário. Pode até atrapalhar. O ideal seria exibir seriedade não no próximo clube e sim já na Ponte Preta.

Tem exemplos para se mirar. Zé Duarte foi respeitado nos dois estádios e nunca, jamais fez qualquer galhofa. Assim como Vadão. Mesmo que tivessem suas preferências, sabiam que aquilo era a fonte de sua subsistência.

O futebol gera milhões. Produz empregos. Define destinos de clubes e torcidas. Gestores minimamente responsáveis querem dar a chave do departamento profissional para quem alimente razão, coerência e sensatez como mantras de vida.

Brigatti, pelos jogadores que têm à disposição, faz um bom trabalho. Está na hora de mudar o disco e o rumo da carreira. Até para preservar o que foi construído com sacrifício.

(análise feita por Elias Aredes Junior)