O presidente de honra Sérgio Carnielli e seu grupo politico querem realizar uma reunião neste final de semana com jornalistas. Uma entrevista coletiva.
Para tirar dúvidas sobre o novo projeto Arena Ponte Preta. Como não poderei comparecer ao encontro – e já deixo claro que meus colegas devem comparecer para saber os detalhes do projeto – seria de bom grado que alguns preceitos estivessem presentes.
Em primeiro lugar, que Sérgio Carnielli, Tiãozinho, Tagino Alves dos Santos, Vanderlei Pereira tenham espírito democrático. Aceitem as criticas. Não adotem qualquer tipo de retaliação se algum jornalista desejar apenas e tão somente exercer a sua função: tirar duvidas e dizer sua opinião.
Que não utilizem de qualquer estratégia de intimidação para constranger meus colegas de profissão a abraçarem um projeto que tem toneladas de dúvidas e questionamentos. Estarei em serviço na Rádio Brasil, mas gostaria que meus colegas fossem tratados com respeito, algo que ficou longe deste que vos escreve.
Provas? Basta dizer que há dois dias enviei áudios com perguntas para Tagino Alves dos Santos sobre os acontecimentos de sábado e não obtive resposta. Apesar de suas declarações adocicadas para uma emissora de rádio local. E enviei perguntas para os responsáveis pelo projeto. O assessor de imprensa, educado, disse que responderia. Até agora nada.
Há dois meses, o presidente de honra prometeu uma entrevista ao Só Dérbi, intermediada por Pedro Maciel Neto. Na hora, dia e local marcados não quis ligar o gravador. Disse que seria feito em um outro momento. E até agora nada. São claros exemplos de desrespeito ao trabalho da imprensa. Que argumentos me concedem para dizer de que agora será diferente? De coração espero que o filme seja diferente.
Que os oposicionistas da atual diretoria pontepretana saibam que a torcida da Ponte Preta está de saco cheio. Indignada pela forma errônea da atual administração e também pela maneira como a oposição se comporta. Todos pensam apenas em si.
A Macaca fica em último lugar. Vaidade prevalece. Temos atualmente um presidente fraco, por vezes sem iniciativa. E uma oposição raivosa, que fecho os olhos até para atitudes truculentas. Quem está no poder é passivo. Quem está fora acha que a força pode dar certo. Dificil.
Eu, de coração, espero que meus colegas de profissão tenham todas as suas duvidas respondidas. Que não sofram intimidação. Censura. Ato de ódio. Ou qualquer outra atitude que não combine com liberdade de imprensa e de expressão. O que fugir disso será um desastre.
Para terminar deixo aqui as perguntas enviadas a assessoria do complexo da Arena Ponte Preta:
1-O Brasil está em crise econômica. Crescimento tímido do PIB e desemprego em alta. O que leva a crer de que é possível encontrar investidores para a Arena Ponte Preta? Todos os outros empreendimentos semelhantes revelam seus investidores, como o Allianz Park, que rapidamente descobriu-se que era a W\Torre. Porque a Arena Ponte Preta precisa adotar o mistério?
2- O que será feito com o estádio Moisés Lucarelli por esse modelo de negócio? Ele será demolido?
3-Todas as arenas inauguradas nos últimos tempos geraram um processo de elitização dos estádios. A base da torcida pontepretana é popular. O que será feito neste sentido?
4-O Náutico assumiu a administração da Arena Pernambuco e depois voltou para os Aflitos. O Maracanã já teve diversos gestores. A Arena Itaquera já impôs diversas dificuldades financeiras ao Corinthians. O modelo de negócio da Arena já impôs dificuldades tanto para quem utilizou dinheiro público ou para quem utilizou dinheiro privado. Qual a garantia de que isso não acontecerá com a Arena Ponte Preta?
5-O projeto pode receber sugestões e ser alterado ou é porteira fechada, ou seja ou aceita tudo do jeito que está ou nada feito?
6-Sérgio Carnielli é interessado na Arena. Precisa viabilizar o empreendimento imobiliário para receber o dinheiro. Se ele não tivesse tal tipo de interesse, ele teria tamanho grau de interesse?
7-O projeto gera controvérsia na comunidade pontepretana. Existe divisão? Mesmo assim é um projeto que vale a pena?
😯 Botafogo de Ribeirão Preta reformulou o seu estádio. Bragantino, Ituano fizeram o mesmo. Em Goias, o estádio Olimpico foi reformulado e o Atlético-GO recuperou o estádio Aciolly Neto. Porque a Ponte Preta tem a necessidade de desprezar o Majestoso para entrar em uma nova era no futebol?
Observação: Se Carnielli, Tagino, Maciel, Vanderlei Pereira não gostam do Elias Aredes e por isso não querem responder, que pelo menos esclareçam aos meus colegas jornalistas e a torcida pontepretana. A transparência agradece.
(Elias Aredes Junior- a opinião contida neste texto reflete apenas a opinião do seu autor)