Clayson é mocinho ou vilão na Ponte Preta?

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Não existe jogador mais defendido na Ponte Preta do que Clayson. Contratado em novembro do ano passado, o jogador custou R$ 2 milhões a Macaca, que agora divide os direitos econômicos e federativos com o Ituano.

Com o contrato de cinco anos, o jogador teve inúmeras chances de se firmar. No Campeonato Paulista, os técnicos Vinicius Eutrópio e Alexandre Gallo eram seus defensores de primeira hora. Gallo, aliás, sempre se mostrava solicito para esclarecer sobre os problemas físicos enfrentados pelo jogador e a sua dificuldade de recuperação de um jogo para outro. Com Eduardo Baptista, Clayson ganhou tarefa mais ofensiva. O resultado foi um futebol envolvente e destemido.

Tudo resolvido? Nada disso. Motivo: nunca houve um jogador tão criticado como Clayson. No treinamento final antes do jogo contra o Palmeiras, o atleta teve um resfriado e foi poupado. Foi cogitada a sua exclusão. De imediato, as redes sociais foram invadidas por comemorações de torcedores. Alguns chegaram a dizer que sua ausência seria um “reforço”.

Clayson superou a tudo e a todos e entrou no gramado. Arrebentou. Fez um jogo impecável sob o ponto de vista tático e técnico. Ao ser substituído por Thiago Galhardo, a torcida, a mesma que lhe criticava dias atrás,  aplaudiu de pé.

Contra o Corinthians, o técnico Eduardo Baptista poderá utilizar William Pottker, o volante Renê Junior e ainda tem Thiago Galhardo e Roger como opções para o banco de reservas.  Clayson terá postura diferente. Está revigorado. Sabe que goza da confiança do treinador que, na pior das hipóteses poderá pensar no dilema: Clayson é mocinho ou vilão nesta história? A resposta está com a bola, dona absoluta do espetáculo.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Fábio Leoni-Pontepress)