O gerente de futebol da Ponte Preta, Gustavo Bueno, e o técnico Gilson Kleina, fizeram uma reunião para cobrar os jogadores em meio aos preparativos para o jogo decisivo contra o São Paulo no próximo dia 9 de setembro no Morumbi. Um resultado que não seja a vitória poderá custar o cargo do treinador pontepretano.
Os atletas ouviram que não podem deixar a responsabilidade toda nas costas da comissão técnica e que precisam se empenhar mais para fazer o time engrenar na segunda metade do Campeonato Brasileiro. Os dirigentes da Macaca engrossam o coro pregando “foco total” dos atletas na competição nacional para que a equipe não entre definitivamente na briga contra a zona de rebaixamento.
Gente com trânsito no vestiário alvinegro rotulou a cobrança como forte. Ontem, em entrevista coletiva, o experiente volante Wendel também externou surpresa com o tom adotado na conversa. “Foi a reunião mais pesada que já participei, tanto da parte técnica, com o Gilson, como do lado administrativo, com o Gustavo Bueno. Eles externaram todo o descontentamento do torcedor a presidência”, declarou.
Porém, apesar do puxão de orelhas, a avaliação dos dirigentes é de que o grupo não quer criar problemas para Gilson Kleina. Após saídas de titulares como Ravanelli, Pottker e Clayson, a Macaca não conseguiu repor com jogadores do mesmo nível e excedeu o limite de transferências no Brasileirão. Reforços só chegariam da Série B, caso de Léo Gamalho, mas a direção teme por reprovação em massa dos torcedores.
A reunião demonstra preocupação da diretoria em blindar e fortalecer o treinador, que tem sua cabeça pedida por torcedores e conselheiros, que querem a contratação de Eduardo Baptista e Vadão, que estão no mercado. Se demitir o treinador nas próximas semanas, a direção irá contrariar o desejo de Sérgio Carnielli. Fã do trabalho de Gilson Kleina, ele deseja o cumprimento do contrato do comandante até o final da competição – a exemplo de Baptista em 2016.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)