Eram 17 horas quando o endereço de Whatsapp da assessoria de imprensa Ponte Preta disparou a noticia de que o contrato de Robert foi rescindido por um ato de indisciplina. Não compareceu ao treino. Todos os veículos de comunicação divulgaram o fato, inclusive este Só Dérbi. Tentamos a todo custo encontrar os representantes do jogador. Em vão.
Mérito para a página do Fluminense do Globo Esporte, que encontrou sua mãe. Ela disse em alto e bom som: o contrato não poderia ser rescindido porque sequer tinha sido assinado. Detalhe: o jogador ficou quase uma semana em treinamentos e só posteriormente iriam assinar o documento.
Estamos diante de um fato de extrema gravidade. Não dá para tapar o sol com a peneira. O departamento de futebol profissional da Ponte Preta cometeu um erro crasso. Bisonho.
Ninguém vai passar o pano no jogador. Robert tem um talento incrível, mas não aproveita as oportunidades. A Macaca foi mais uma.
A questão é de outro teor. Como dá para acreditar nas informações encaminhadas pelos responsáveis do departamento de futebol profissional? Não foi a primeira vez.
No ano passado, o então gerente de futebol, Gustavo Bueno, negou de pés juntos que o zagueiro Rodrigo estaria com os dois pés no Majestoso. Dias depois, o beque assinou contrato e o final todos sabemos.
Nos seus três anos de mandato, o presidente Vanderlei Pereira falava de modo incansável que o clube era superavitário. Sobrava dinheiro. Prova de eficiência administrativa. O mês de dezembro aparece, o rebaixamento vira realidade e eis que surge um déficit de R$ 10 milhões. Quando a informação correta foi transmitida?
Assistir a corrosão da credibilidade dos comandantes do departamento de futebol profissional a céu aberto é triste. Não adianta vender mundo cor de rosa, apostar na difusão da informação chapa branca. A incompetência escancara o mundo real.
Pouco resolve requisitar a assessoria de imprensa que faça a confecção de uma nota de correção. O estrago está feito. Infelizmente.
(análise feita por Elias Aredes Junior)