Concorrência, oscilação e Doriva: veja por que Felipe Saraiva perdeu espaço na Ponte

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O início de 2018 foi um martírio para a Ponte Preta. Com a pressão pelo rebaixamento, folha salarial e cotas de televisão reduzidas, elenco limitado e problemas financeiros, a diretoria foi obrigada a apostar nas categorias de base para disputar o Campeonato Paulista e ir ao mercado em busca de peças tarimbadas, dentro da realidade orçamentária, para trazer experiência no decorrer da competição.

Se no ano passado a base era formada por medalhões – Aranha, Rodrigo, Fernando Bob, Renato Cajá e Emerson Sheik -, agora a esperança é na juventude. Ivan, Emerson (vendido ao Atlético-MG), Reynaldo, Vitinho, Xavier, Felipe Saraiva, Yuri e Felippe Cardoso foram alguns dos testados ao longo dos primeiros quatro meses.

Quem começou a temporada em alta foi Felipe Saraiva, autor do gol da vitória da Macaca diante do Corinthians, na estreia do Estadual, no Pacaembu. Titular absoluto com Eduardo Baptista e João Brigatti, o jogador perdeu espaço com Doriva, contratado no final de março, e sequer foi utilizado em três das últimas quatro partidas.

Se antes do elenco da Alvinegra era pobre em opções ofensivas, o cenário mudou no período de transição para a Série B do Campeonato Brasileiro. A diretoria trouxe André Luís, Danilo Barcelos e Júnior Santos, todos à frente na disputa pela posição. Simultaneamente ao aumento da concorrência, o atacante caiu de rendimento, se apegou à oscilação, não emplacou grandes atuações e ficou de lado.

Desde a mudança oficial no cargo técnico, a revelação das categorias de base campineira foi titular cinco vezes, entrou no segundo tempo em duas e foi apenas opção em três.

Saraiva, cujo vínculo com a Ponte Preta vai até dezembro de 2021, tem 24 jogos na temporada e três gols marcados – Corinthians, Mirassol e Náutico. O atleta fica entre os reservas no duelo contra o Sampaio Corrêa, nesta segunda-feira, 28, às 20h, em São Luís.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)