Conheça os perigos e fragilidades do Sol de América, adversário da Ponte

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Na primeira fase, após vencer o jogo de ida contra o Estudiantes, na Venezuela, por 3 a 2, passeou na partida em casa e se classificou após aplicar um 7 a 1 – resultado não muito agradável aos olhos dos torcedores brasileiros. Agora, logo em sua primeira participação na Copa Sul-Americana em 108 anos, terá pela frente a Macaca.

Mas, se engana quem pensa que o time não está acostumado com torneios internacionais. Já são seis participações em Libertadores para o time de Barrio Obrero, bairro de Assunção, no Paraguai. A melhor campanha, no entanto, foi em 1989 quando chegou as quartas de final. A quinta posição e o jejum de seis partidas sem vitórias no Campeonato Paraguaio não empolgam os Los Danzarines.

Antes da partida contra a Ponte Preta nesta quinta-feira, no Majestoso, a equipe do Só Dérbi analisou o time comandado por Fernando Diniz, ex-zagueiro do Boca Juniors, que hoje comanda o Sol de América. Os dois jogadores mais perigosos do time não são paraguaios: a velocidade de Giménez e o faro de gol de Díaz precisam de atenção especial da defesa pontepretana.

O chileno Díaz é o matador da equipe paraguaia. Olho nele!
O chileno Díaz é o matador da equipe paraguaia. Olho nele!

BOLA PARADA E JOGO AÉREO
Entre as principais características do Sol de América estão: a bola parada e o jogo aéreo. Dos últimos sete gols marcados pela equipe na temporada, quatro foram em um desses fundamentos. A estatística é de 61% dos gols marcados de cabeça. O centroavante Díaz é o jogador mais procurado nos cruzamentos da equipe em jogadas geralmente iniciadas por Giménez no lado esquerdo ou nas cobranças de falta de Franco.

A responsabilidade de anular as jogadas ofensivas será de Nino Paraíba no lado direito de marcação do sistema defensivo da Ponte Preta. Richard Franco é o comandante do meio-campo do Sol de América. Jogador clássico e com estilo parecido com Renato Cajá. Já chegou a Seleção do Paraguai com boas atuações pela equipe de Assunção.

FRAGILIDADE NA MARCAÇÃO
O Sol de América sofreu 20 gols em 24 jogos na atual temporada. Ortiz utilizou dois sistemas diferentes nos últimos quatro jogos: o clássico 4-4-2 e o 3-5-2. Mareco, de 33 anos, e Velázques, de 29, são os zagueiros titulares. Fortes no jogo aéreo, mas lentos no mano a mano. O problema é que a cobertura não vem sendo elogiada. Os volantes Vargas e Molinas sofrem com duras críticas por deixarem o meio-campo adversário trabalhar.

Se a postura dos últimos jogos se repetir, a Ponte Preta terá muito espaço no meio-campo com Renato Cajá, Elton e Fernando Bob. O Sol de América está acostumado a enfrentar times com jogadores de referência na área, mas Kleina optou por escalar três atacantes de velocidade que podem facilitar a infiltração na grande área adversária.

TIME BASE
Silva; Roman (Velázques), Mareco, Velazques Ramos e Mendieta; Vargas, Molinas, Rojas e Franco; Giménez e Ruiz Diaz. A média de idade do time base é de 28 anos. São oito paraguaios, dois argentinos (Giménez e Silva) e um chileno (Díaz)

Dois dos jogadores mais conhecidos que passaram pelo clube jogaram no Brasil. Ortigoza integrou o elenco campeão do Paulistão pelo Palmeiras em 2008. Já Zeballos integrou o elenco do Botafogo na temporada de 2014 e marcou alguns gols pelo time carioca. Outros atletas como Cristaldo, Édgar Benítez e Carlos Bonet também jogaram na equipe.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)