Após exercer de modo vitorioso a sua carreira de jogador de futebol, Daniel Paulista abraçou a carreira de treinador. Lógico, esteve diante de diversos desafios tanto no Sport como no Confiança. Mas é difícil imaginar que tenha encarado tamanha responsabilidade como a que terá no sábado, a partir das 18h30, quando o Guarani vai disputar o dérbi 200.
Não vai bastar apenas montar um bom time. Arquitetar um esquema tático capaz de vencer. Daniel Paulista terá que deixar no passado a impressão que vitimou outros treinadores: a de que não vive o clássico na sua plenitude. Ou de que não entende a dinâmica que envolve o jogo.
Nos últimos anos, poucos escaparam da sina. Campeão Paulista na Série A-2, Umberto Louzer precisou engolir seco a derrota em 2018, no turno inicial na Série B. Em pleno Brinco de Ouro. Osmar Loss teve sua gestão abreviada após sofrer uma goleada por 3 a 0 no Moisés Lucarelli. Felipe Conceição deixou um gostinho de “quero mais” após empatar por 1 a 1 enquanto Allan Aal teve destruída toda a sua credibilidade após perder no Paulistão. Ricardo Catalá também ficou encurralado após perder e ver sua frieza no banco de reservas ser questionada.
Coincidência ou não, as únicas vitórias do Guarani desde 2020 foram obtidas por técnicos com alguma ligação afetiva ou institucional com o clube: o falecido técnico Vadão em 2012 e Thiago Carpini em 2020.
Daniel Paulista é um personagem da bola sem ligação com o Guarani. Sua missão é vencer e quebrar a escrita.
(Elias Aredes Junior- foto de Marcos Ortiz-Guaranifc-divulgação)