Dérbi 207-Guarani 1 x 1 Ponte Preta: erros e acertos que não podem ser desprezados pelos rivais históricos

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O empate por 1 a 1 entre Guarani e Ponte Preta só reforçaram as virtudes e defeitos das duas equipes na Série B do Campeonato Paulista. Mais: não devemos levar em conta as emoções transmitidas pelas duas equipes no clássico e transferi-las para aquilo que verificamos no campeonato. Os dois rivais estão muito longe dos principais postulantes ao acesso.

Os 30 minutos iniciais do Guarani concederam um consolo, especialmente pela qualidade defensiva obtida com a escalação de Lucas Araújo. Não, ele não é nenhum Zé Carlos, Tosin ou Paulo Isidoro. Faz aquilo que se espera de um cabeça de área: marca.

A sua presença gerou um círculo virtuoso. Matheus Bueno ficou livre para atuar, Luan Dias ganhou companhia no setor ofensivo e a recomposição tinha sincronia. A vantagem refletiu esse quadro.

Por que a produção não teve continuidade na etapa final? Queda de rendimento físico. O fôlego foi diminuindo com o passar dos minutos e a expulsão de João Victor acentuou o quadro.

Neste contexto entra a atuação da Ponte Preta. Está correto o técnico Nelsinho em apontar a falta de concentração dos primeiros minutos, quando a equipe submergiu perante a velocidade bugrina. Não podemos deixar de apontar a falta de ousadia, ofensividade e criatividade a partir do instante que a equipe tinha um homem a mais. Ambição escassa já apontada pelo próprio treinador. Sem coragem, será difícil buscar o acesso.

Por outro lado, os seis pontos deixam o Guarani em quadro muito difícil. Em 25 jogos, terá que somar 39 pontos. Um aproveitamento de 52%. Pontuação de G4. Complicado? Concordo. Existe uma luz no fim do túnel deixada pela etapa inicial. Resta saber o que fará daqui em diante.

Só é preciso dizer o básico: o dérbi, apesar dos contratempos e da torcida única, ainda define tendência e abre a cabeça dos analistas. Ainda bem.

(Elias Aredes Junior com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)