Dirigentes brigam, torcedores jogam a toalha e todos desistem da Série B e da luta contra o rebaixamento. Não poderia ser diferente?

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O Guarani joga contra o Vitória neste sábado e precisa de um triunfo para começar a nutrir novas esperanças. Só que a torcida sequer discute escalação e treinamento. Tudo gira em torno das confusões de bastidores. Uma atrás da outra. Palmeron Mendes Filho afastou-se para resolver problemas de saúde.

Nada resolvido. Uma assembleia de sócios poderá definir a destituição de todos os componentes do Conselho de Administração. Não há rumo. As noticias chegam desencontradas e por vezes sem respaldo.

Quem manda? Quem comanda? Roberto Graziano ainda dá as cartas? Ninguém sabe, ninguém viu.

O essencial não feito: busca de contratações e montagem de uma equipe para fugir do rebaixamento.

Informações fundamentais não são transmitidas. O Guarani é lanterna com 19 pontos e aproveitamento de 30%. Um horror. Se tirarmos os jogos dirigidos por Vinicius Eutrópio, o Guarani teria 14 pontos e aproveitamento de 35,89%.

Detalhe: antes de iniciar a rodada, o primeiro time fora da zona do rebaixamento era o Oeste, com 23 pontos e aproveitamento de 36%. E Thiago Carpini, com quatro jogos e duas vitórias, está com 50% de aproveitamento.

Quer outra? No ano passado, após 21 jogos, o Paysandy era o primeiro time fora da zona do rebaixamento com 24 pontos e o Boa Esporte era o lanterna com 17 pontos. Ou seja, sete pontos de diferença.

Em 2017, o Luverdense tinha 24 pontos e estava em 16º lugar. O lanterna era o ABC com 16 pontos. Ou seja, oito pontos atrás.  É bom deixar claro que nos dois casos, os times foram rebaixados. Mas não deixaram de lutar. Em nenhum momento.

Então porque o Guarani deve jogar a toalha se a diferença dele para quem está fora da zona do rebaixamento é menor, ou melhor, de quatro pontos? Pois é.

O campeonato é tão nivelado por baixo que pede e oferece oportunidade de reação ao Guarani. Os dirigentes preferem brigar entre eles. Uma lástima.

(Elias Aredes Junior)