Na manhã desta segunda-feira, 26, Doriva foi apresentado como novo treinador da Ponte Preta, na sala de imprensa do Moisés Lucarelli. O comandante assume a vaga de Eduardo Baptista, demitido no dia 09 de março, com o objetivo recolocar a equipe na elite do futebol brasileiro.
Trabalhar em terras campineiras não é novidade para Doriva. Ele já dirigiu a Alvinegra em 2015. Na ocasião, entre Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana, somou 15 jogos, com seis vitórias, cinco empates, quatro derrotas e 51,1% de aproveitamento. O contrato do treinador foi rescindido com a Macaca após proposta do São Paulo para substituir Juan Carlos Osorio. Ao deixar o clube em nono lugar da Série A, no início de outubro, foi duramente criticado por parte da torcida por ter saído sem um esclarecimento sequer.
“Em 2015, eu estive aqui na Ponte e, infelizmente, por falta da maturidade na ocasião, sai de maneira horrível, não atendendo a imprensa de Campinas. Isso foi um amadurecimento que senti na pele, juro mesmo. Gostaria de externar o meu pedido de desculpas aos torcedores e aos jornalistas pela forma que conduzi a situação, mas agora aprendi. Já está no meu coração há tempo e senti isso quando retornei à cidade com o Santa Cruz. Pude refletir, respeito muito todos da imprensa, foi uma atitude errada da minha pessoa e quero escrever uma nova história sendo cordial com todos”, disse.
“Não soube conduzir a situação, mas me arrependi, estou feliz em voltar ao clube e quero reconstruir minha história, dando muito alegria ao torcedor. Estou focado em fazer grande trabalho à frente da Ponte Preta, sei que as feridas demoram a cicatrizar. Fiquei triste e desapontado com meu procedimento. Quem me conhece de perto sabe como respeito as pessoas e levo minha carreira. Quero reconquistar a torcida com trabalho”, concluiu.
FORA DE AÇÃO!
Mesmo com Doriva, o interino João Brigatti será o responsável por comandar a Alvinegra nas finais do Troféu do Interior – confira aqui as datas e horários dos jogos. “A gente chegou em um momento em que a competição está na final e, por conta do regulamento, eu não posso assumir a equipe. Com certeza, vou acompanhar os treinamentos, temos que pensar no Campeonato Brasileiro, fazer uma reformulação do elenco. Estamos conversando sobre nomes internamente e a diretoria está trabalhando para tornar isso realidade”, afirmou o novo contratado.
MONTAGEM DO ELENCO
“Questionado sobre como pretende montar o plantel para a Série B, considerando as dificuldades orçamentárias por conta do rebaixamento, Doriva foi enfático. “A gente tem que ter inteligência e buscar atletas que enquadrem em nosso perfil atual. Estamos estudando o mercado, tenho uma leitura do que precisamos, temos que ser agressivos para fazermos uma reformulação e montar um grupo competitivo”, analisou.
“Jogar na Ponte é difícil, é uma camisa pesada do futebol brasileiro e temos que montar uma equipe pensando em todos os aspectos. Temos que correr atrás do tempo perdido. Ainda há tempo hábil para trazer os atletas. São jogadores que estão jogando, em atividade. Eles terão que se adaptar, mas estará pronto fisicamente”, finalizou.
MAJESTOSO VAZIO
“É ruim iniciar a Série B sem o torcedor. Sabemos que ele apoia, canta, vibra e prestigia. Temos que iniciar bem e, no momento em que ele retornar, vai estar feliz e comparecerá. É um torneio que exige foco e regularidade”.
CURRÍCULO
O profissional já dirigiu Ituano, Atlético-PR, Vasco da Gama, Ponte Preta, São Paulo, Bahia, Santa Cruz, Atlético-GO e Novorizontino. Pelo Tigre, nesta edição do Campeonato Paulista, Doriva levou o time do interior às quartas de final, eliminada pelo Palmeiras, depois da terceira melhor campanha na fase de grupos.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)