É hora de abordar a falta de preparo físico do Guarani na Série B

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Quando recebeu o líder Fortaleza no estádio Brinco de Ouro, o Guarani fez 2 a 0 no primeiro tempo e teve uma etapa final de horror. Tomou a virada e demonstrou falta de vigor físico nas divididas. Sem fazer uma grande apresentação, na base da força, o time treinado por Rogério Ceni deitou e rolou.

As vitórias em cima Sampaio Corrêa e Atlético-GO pareciam ter deixado o fantasma no passado. Ledo engano. O dérbi contra a Ponte Preta teve dois tempos distintos. Na etapa inicial, um Guarani com alguns jogadores destemperados (exemplo: Pará), mas com determinação para buscar o resultado.

No segundo tempo, o gol da Ponte Preta só não saiu porque o árbitro Grazianni Rocha foi um espetáculo deprimente à parte. Nos últimos 15 minutos, o Bugre ficou acuado, sem saída e  havia a impressão de que a preparação física tinha ido ao espaço. Faltava fôlego. E a Ponte Preta, com uma equipe mais sadia e de força física, sobrava no gramado.

Não há como fugir: Felipe Celia e Rafael Fragoso precisam aparecer para darem explicações. Não para serem crucificados, e sim para explicarem ao torcedor bugrino por que existe tal queda vertiginosa. É o excesso de jogos? É o calendário que não permite uma recuperação satisfatória? É a estrutura do clube, que não fornece os aparelhos necessários para deixarem os atletas na ponta dos cascos? São as características distintas dos atletas e, por isso, só resta administrar? São as contratações fora de hora que proporcionaram a formação de grupos de jogadores com níveis físicos diferentes?

Existem hipóteses a serem estudadas. Por eles. Não por nós. Para tranquilizar ou explicar os reais motivos deste drama, a comissão técnica precisa se pronunciar. Transparência é sempre o melhor caminho.

(análise feita por Elias Aredes Junior)