Em 2016, o craque do Guarani foi Fumagalli. Alguma novidade?

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Os seus números são impressionantes. São 253 jogos com a camisa do Guarani, 81 gols e apenas quatro expulsões. Protagonista na campanha do vice-campeonato paulista de 2012 e no acesso á Série B deste ano. Renovou o contrato para jogar mais uma temporada e promete dar o sangue. Aos 39 anos de idade. Falamos de Fumagalli, eleito por internautas que participaram da enquete na página do Só Dérbi e na minha página pessoal no Facebook como o principal jogador bugrino em 2016. Recebeu quase 84,84% dos votos totais. Próximo de ser unânime. Impossível contestar a escolha.

O seu talento, capacidade, habilidade para colocar a bola em qualquer lugar não dá uma explicação completa. Ao vestir a camisa de uma torcida sofrida, carente, sem esperança, Fumagalli encarnou outros conceitos que lhe fizeram aproximar-se do status de lenda.

Exemplo: aos 39 anos jogou 23 dos 24 jogos do Guarani na Série C do Brasileirão e esteve presente em 15 das 19 partidas programadas na Série A-2 do Brasileirão. Ou seja, um “fominha” no lado positivo. Inevitável citar o faro de artilheiro do camisa 10. Neste ano, o Guarani balançou as redes por 57 vezes e em 15 Fumagalli deixou o seu DNA, ou 26,31% do total.

Ele poderia aposentar-se depois de conseguir o acesso. Já está consagrado. Tem uma credibilidade do tamanho que tinha o zagueiro Roberto Dias na década de 1960 nos tempos de vacas magras do São Paulo. Ou seja, um ídolo solitário e capaz de transmitir a mensagem de que dias melhores virão.

O ano de 2017 chegou e pode ser estabelecido como este marco. Fumagalli poderia ficar em casa. Resolveu continuar na arena. Além de jogador talentoso, é um homem corajoso e integrado ao sentimento do torcedor. É para poucos.

(análise feita por Elias Aredes Junior)