Empate fora de casa diminui chances de queda do Guarani na Série B

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Após a derrota para o América-MG, no último sábado, em Campinas, o técnico Lisca sabia que a missão do Guarani contra o Ceará seria difícil. O Bugre enfrentaria um adversário lutando pelo acesso diante de 40 mil torcedores. Com esses ingredientes, o treinador da equipe campineira afirmou que comemoria o empate.

“Claro que queremos sempre a vitória, mas diante das circunstâncias vamos em busca do empate”, afirmou o treinador. E as circunstâncias existiram.

A primeira é que o Guarani saiu atrás do placar logo no início do jogo. Ainda sem somar vitórias de virada, a equipe de Lisca conseguiu reagir. Primeiro converteu pênalti com Bruno Nazario e na segunda etapa soube jogar no contra-ataque até o gol de cabeça de Diego Jussani. Uma surpreendente vitória até os 30 minutos do segundo tempo.

Mas a derradeira começou a partir da expulsão de Lisca, que acabou excedendo na comemoração do segundo gol bugrino e foi expulso. Em seguida, foi a vez de Bruno Nazário ir para o chuveiro mais cedo. Com um a menos foi mais difícil conter a pressão dos mandantes que chegaram ao empate.

A última circunstância foi a arbitragem. Um gol mal anulado do Ceará acabou revoltando os comandados de Marcelo Chamusca, que poderiam ter saído com a vitória, mas o empate foi suficiente para tirar o Guarani da zona de rebaixamento e permanecer a duas posições da degola.

Agora, com 40 pontos, o Bugre tem 27% de chances de queda para a Série C. Os números são do matemático Tristão Garcia, que antes da rodada calculava 30% de possibilidade de queda.

Boa Esporte, Luverdense e Guarani aparecem com 40 pontos, mas a vantagem do Bugre está no número de vitórias. Na próxima rodada, a equipe terá um confronto direto contra o CRB, no Brinco, e pode abrir três pontos de vantagem para a degola faltando quatro rodadas para o término da competição.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)