Fernandes deveria receber mais chances no Guarani? Ou ninguém percebeu a estratégia de quem não tem dinheiro?

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O Guarani anunciou ontem a dispensa do volante Fernandes, após acordo amigavel com o departamento de futebol profissional. Não chegou nem perto de exibir as partidas do tempo de Botafogo.

Talvez poderia receber um tempo maior para adaptação do clube, da cidade e do calendário. E quem sabe assim poderia exibir um futebol de qualidade, técnico e capaz de ser, na pior das hipóteses, um substituto a altura do volante Ricardinho.

Concordaria integralmente com tal teoria se o Guarani fosse um clube rico, bem estruturado e capaz de esperar um bom tempo para grandes investimentos. Ou que tivesse montado um elenco equilibrado, com bons jogadores em todas as posições, o que faria um reserva ser o escudo de um futuro titular.

Não acontece nem uma coisa e nem outra. O Guarani tem uma folha de pagamento para o futebol de aproximadamente R$ 520 mil para pagamento na carteira. Se somarmos o direito de imagem poderá alcançar o patamar de R$ 850 mil.

Vamos fazer um pequeno calculo. Se o Guarani está no limite da sua capacidade de pagamento, podemos chegar a conclusão que se Fernandes e Romisson fossem mantidos no elenco para encontrarem o seu potencial, duas ou três contratações elevaria o numero de jogadores do elenco e a folha de pagamento subiria ao ponto do Guarani não ter mais condições de pagar.

Ou seja, no fundo, no fundo, o Guarani preferiu seguir pelo caminho de dispensar atletas que não renderam o esperado na primeira parte da temporada e apostar as fichas em novos atletas que tenham perspectiva de rendimento melhor e com isso evitar um inchaço da folha de pagamento.

É a fórmula ideal de administração de futebol? Não sabemos. Se a metodologia der resultado, palmas para Fumagalli e Marcus Vinicius Beck Lima. Se der errado, a conta vai estourar no lombo da dupla. Assim é o futebol.

(Elias Aredes Junior)