Gabriel Poveda vai para o Mirassol. Guarani não faz mais negócios com Nenê Zini. Medida acertada? Quais as consequências?

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O Guarani vive momentos de controvérsia. O elenco que participará do Campeonato Paulista não terá nenhum jogador ligado ao empresário Nenê Zini. Muitos lamentam porque o Alviverde perderá alguém que ajudou no planejamento e execução de um time que foi campeão da Série A-2. Outros  comemoram porque na visão deles o clube está saindo de uma relação de dependência.

O último jogador vinculado a Zini era Gabriel Poveda, que saiu ao Mirassol, agora com moderno Centro de Treinamento. Em contato com a reportagem do Só Dérbi, Zini analisou a situação. “Eu não participei de nenhum planejamento do Futebol 2019, o que é um direito do Palmeron. Uma pena pois de novo se mudou a filosofia que estava se implantando, tanto que os resultados vieram: acesso, economia e receitas extras com venda de jogadores”, disse o empresário, que ainda lidera um pool de empresas para disputar a cogestão do departamento de futebol.

Para ele, a saída de Poveda deve ser analisado sob o signo da ponderação. “É normal, pois ele foi vendido desde o ano passado”, disse Zini que aproveitou para analisar a situação de outros atletas. “A saída do Philipe Maia que tinha contrato até maio, aconteceu naturalmente quando  perdeu espaço com as contratações e nova filosofia. Ele já vem há 2 anos no GFC, no primeiro ano ele sofreu uma contusão grave, teve que passar por uma cirurgia . Mas 2018 foi um ano bom para ele”, analisou.

A vida é feita de consequências. Escolhas definem caminhos. O Conselho de Administração do Guarani resolveu abrir mão dos atletas vinculados a Nenê Zini. Que errou e acertou. Como qualquer empresário de futebol.

Agora, devemos ser coerentes para analisarmos o tamanho daquilo que o Guarani não quer mais. Queiramos ou não, Nenê Zini é o empresário de Roberto Firmino, atacante do Liverpool e da Seleção Brasileira. Também de Victor Hugo, zagueiro com passagem no Palmeiras, está na Fiorentina. Hernani, volante com boa passagem pelo Atlético-PR está no Zenit, da Rússia.

O que isso quer dizer? Portas abertas, relacionamento e contatos com os principais players do futebol mundial. Fato. Você pode reclamar, protestar contra o Nenê Zini, mas não pode ignorar que um clube com desejo de internacionalizar sua marca não pode abrir mão de uma pessoa com o perfil dele.

Faço uma pergunta: qual dirigente bugrino hoje pode dirigir-se a qualquer clube europeu e ser recebido com pompa e ser chamado pelo seu primeiro nome? Palmeron, Assis já são tão capazes de andarem com as próprias pernas que seriam reconhecidos e respeitados pelos principais centros do futebol mundial? Pense, reflita. Faltou habilidade política para Palmeron e seus aliados para não criarem tamanha cizânia no Alviverde.

Seria de bom grado o Guarani saber o que está fazendo. Caso contrário, a colheita será amarga. E não vai adiantar terceirizar a marca.

(análise feita por Elias Aredes Junior)