Gilson Kleina é criticado (com razão) em praça pública. O que justifica poupar Gustavo Bueno e a cúpula do futebol?

6
1.660 views

A Ponte Preta foi derrotada pela Internacional de Limeira. O técnico Gilson Kleina foi cobrado pela torcida. Duramente.

Explicações precisam ser dadas em virtude das perguntas feitas na entrevista coletiva.

Por que o futebol é pobre? O que justifica o recuo após fazer os gols? Por que Apodi não é utilizado como lateral? Não faltam indagações. Kleina não foi convincente nas respostas. Fato.

Nas redes sociais, a fritura é ampla, geral e irrestrita. Cômodo mirar o canhão em única direção.

Fica a pergunta: e Gustavo Bueno? E os integrantes do departamento de futebol profissional? Ninguém é cobrado? Fica por isso mesmo? Os homens que bancaram sua permanência são esquecidos?

A decisão da permanência de Kleina é uma decisão única é exclusiva de Gustavo Bueno e do presidente pontepretano Sebastião Arcanjo.

Na primeira hora, o presidente da Macaca fez um colegiado para compartilhar as decisões do futebol e que conta com as presenças de Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira. Todos sócios do fracasso momentâneo.

Poderíamos conceder o desconto que o revés para o Santo André era a largada da competição. Pré-temporada, treinamentos em andamento e contratações recém-chegadas.

Mas e agora? O que justifica a derrota para a Internacional de Limeira e o sumiço dos dirigentes pontepretanos? Se Gustavo Bueno aprecia e curte o trabalho de Gilson Kleina, o mínimo que se espera é uma declaração forte e contundente de apoio ao trabalho. Ou uma declaração em que diga a realidade ao torcedor.

Ou seja, que a comissão técnica está em avaliação e que não está descartada a hipótese de alteração no comando técnico.

Profissionais erram e acertam. Ganham e perdem campeonatos. Pela sua dedicação e história que tem na Ponte Preta o mínimo que se espera é que Gilson Kleina seja tratado com dignidade. Ou que seu trabalho seja defendido pela diretoria. Ou se não servir que uma decisão seja tomada de modo rápido.

O silêncio dos dirigentes não colabora em nada para apaziguar o clima.

Pior: só reforça a impressão de que não são do ramo.

(Elias Aredes Junior- com foto de Álvaro Junior- Pontepress-Divulgação)