Quem tem 37,78% de aproveitamento no segundo turno e ocupa nesta fase a 15ª posição exibe um troféu de vergonha. Esta é a campanha da Ponte Preta no segundo turno sob o comando de Gilson Kleina.
Não dá para esconder: o treinador falhou. Feio. Montou uma equipe previsível, mecânica, sem imaginação e variação e incapaz de incomodar o adversário. As criticas são mais do que justas. E em circunstancia diferente seria demitido ao final da competição. Afinal, ninguém gasta R$ 1 milhão mensais para ficar na zona intermediaria. Mas uma pessoa merece um capitulo à parte: Gustavo Bueno.
O executivo de futebol tem boa parte da fatura do projeto falido do acesso. Quando foi contratado ele tinha duas missões: apagar a imagem ruim construída em 2017 e reformular um elenco que na visão da diretoria de ocasião – José Armando Abdalla e Gustavo Valio- estava inchado e precisaria de reparos.
Dispensou 15 jogadores e trouxe jogadores como Dadá, Marcondele e reduziu a folha salarial. Mas fracassou redondamente em dois aspectos. O primeiro foi não ter enfrentado de modo intransigente a diretoria executiva para manutenção do técnico Jorginho. Existia garantia de acesso com ele? Não dá para dizer. Mas se Gustavo Bueno acreditava que aquela era a linha de trabalho, que bancasse até o fim. Custe o que custar.
Deu mostras de que não cuidava de detalhes mínimos. Exemplo? O churrasco que culminou com a explosão de Dadá por intermédio do instagram. Se os aparelhos fossem desligados ou retidos nada disso aconteceria. “Ah, mas hoje o jogador é diferente, os empresários deitam e rolam”. Autoridade cabe em qualquer lugar. Mesmo no futebol de hoje.
Fato é que 2020 começará com a expectativa de que Gilson Kleina e especialmente Gustavo Bueno comecem novos rumos. Fato é que a torcida não aguenta mais tanta lambança.
(Elias Aredes Junior)