O modo mais fácil de resolver a crise na Ponte Preta seria chamar Gilson Kleina na sala da diretoria de futebol e anunciar sua demissão. A turba estaria satisfeita e um caminho seria aberto para a reformulação do trabalho em 2020.
Afinal, é indefensável um trabalho que conseguiu três vitórias em 16 partidas. Como o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, assegurou a permanência do treinador o jeito é encontrar saídas dentro do cenário atual.
Do lado de Kleina, quando ele diz que nunca passou por essa fase na carreira é sinal de que está disposto a consertar o quadro e fazer ajustes. Por que não realizar um intercâmbio para adquirir conhecimento e novas formas de treinamento? Não é por causa de Jorge Jesus, mas a escola portuguesa tem muitos subsídios que poderiam acrescentar no seu trabalho.
Lógico que não vou dizer que duas semanas de troca de informações no Benfica, Sporting ou Porto promoverá uma modificação em um passe de mágica. Mas Kleina poderá ter acesso a conceitos que podem representar um frescor na sua mente. E indiretamente beneficia a Ponte Preta.
Do lado da Ponte Preta, já passou da hora da Macaca contar com um psicólogo especializado em esporte de alto rendimento. Não, ele não vai colocar ninguém no divã. Uma de suas funções é, juntamente com a comissão técnica, traçar um perfil emocional do atleta que for contratado. Ou seja, saber com antecedência se ele tem capacidade de suportar jogos de alta carga de tensão, se tem instabilidade emocional, entre outros pontos. Exemplo prático: um trabalho nessa direção não evitaria a pane ocorrida nos dois jogos diante do Aparecidense? Pense e reflita.
De outro lado, é preciso planejar de imediato uma melhoria na estrutura pontepretana. O futebol está em processo de mutação e o que pode ter sido suficiente em 2011 para subir à divisão de elite, na atualidade é apenas um pacote para viabilizar a manutenção na própria Série B.
Independente destas ideias, algo é notório: é preciso mudar algo. Antes que seja tarde demais.
(Elias Aredes Junior)