Reportagem assinada por Carlos Rodrigues na edição deste sábado do Correio Popular mostra que o empresário Roberto Graziano já registrou na Prefeitura de Campinas o seu projeto imobiliário para construir no local que hoje encontra-se o estádio Brinco de Ouro.
Total direito do empresário diante daquilo que está estipulado na sentença emitida em 2015 pela juíza Ana Cláudia Torres Viana. Mas um aspecto deve ser ressaltado: a atitude de Graziano é a prova cabal de que o Guarani é a ultima de suas prioridades.
Antes de construir um novo complexo imobiliário seria de bom tom ele comunicar ao torcedor bugrino como e quando serão construídos o Centro de Treinamento e o novo estádio. Cronograma de obras, prazo para entrega, data de inauguração, entre outros pontos. Já se foram quase quatro anos da emissão da sentença na Justiça do Trabalho e até hoje não há uma só declaração de Graziano a respeito do assunto. Ou quando o tema foi abordado nada foi esclarecido.
Pior: a falta de iniciativa do empresário é reforçada pela apatia do Conselho de Administração que não toma qualquer iniciativa, a não ser as promessas feitas no ano passado em reunião com a juíza sobre o cronograma das obras. Graziano não faz nada em relação a essas obras e fica por isso mesmo.
Mesmo a contragosto, o torcedor bugrino aceitou entregar o Brinco de Ouro porque existia o roteiro de se pagar as dividas trabalhistas e em troca o empresário construiria um novo Centro de Treinamento, Estádio e sede social, além de patrocínio mensal de R$ 350 mil por 10 anos.
Acordo bem feito deve ser cumprido na íntegra. E deve ser lucrativo para todas as partes. Por enquanto, existem mais dúvidas do que certezas. Assim fica difícil.
(Elias Aredes Junior)