Marcelo Barbarotti saiu da Ponte Preta. Acordo amigável. O cargo de executivo de futebol está vago. Dois nomes são cogitados: Gustavo Bueno e Marco Antonio Eberlim. Um terceiro nome pode surgir. Afinal, em um clube de massa como a Ponte Preta tudo pode acontecer.
A decisão fica por conta da diretoria executiva. Podemos analisar a simbologia dos dois pretendentes. Se a Macaca anunciar o retorno de Marco Antonio Eberlim, o e presidente José Armando Abdalla Junior decretará o rompimento definitivo com o presidente de honra Sérgio Carnielli. Que de certa forma não deve ter ficado satisfeito com a chegada de Jorginho. Como Gustavo Valio é seu desafeto declarado, daria para dizer que nesta hipótese só faltaria a reintegração de Márcio Della Volpe para colocar gosto de fel na sua boca.
Um dado deve ser ressaltado: uma boa parte da torcida abraçaria a equipe com Eberlim a frente. Tais pessoas consideram que Eberlim é o símbolo de uma era de uma Macaca competitiva, participante da divisão de elite do brasileiro e que não ficava na zona do rebaixamento. O argumento é tão forte que centenas de torcedores já enviaram mensagens ao celular do presidente José Armando Abdalla Junior para pedir a volta de Eberlim. Se o pedido será atendido ou não, aí é outra história.
Sentimento contrário gerado por Gustavo Bueno. Apesar dos times que ele montou de 2014 a 2016, a sua marca é o rebaixamento no Brasileirão de 2017. Que também tem a digital de Vanderlei Pereira, aliado de primeira hora e amigo pessoal de Carnielli.
Seu retorno provocaria uma reação furibunda das arquibancadas, que ainda não esqueceu o fracasso no gramado. Gustavo Bueno é afável, de fácil trato e com bom relacionamento com os dirigentes, o que joga a favor de seu nome. Só que seu retorno teria um custo político enorme.
Apesar do risco, na atual conjuntura, um outra hipótese seria a construção de uma terceira via. De preferência, com ligações históricas com a Alvinegra e com conhecimento de mercado.
O fato é que tal cenário derruba por terra a teoria de todos aqueles que imaginam que a parte política não interfere em relação ao que acontece no gramado. Interfere e muito. Só não vê quem não quer.
(Elias Aredes Junior)
