A torcida do Guarani entrou em verdadeira paranoia. Quer porque quer que o técnico interino Thiago Carpini poupe diversos jogadores para a partida de terça-feira, às 21h30, contra o Bragantino, no estádio Nabi Abi Chedid. Motivo: o derbi marcado para o sábado, ás 16h30, no estádio Brinco de Ouro.
Tenho compreensão em alguns aspectos . O Guarani não vence o principal rival há sete anos e neste ano já acumulou duas derrotas. É até natural que aproximadamente 4.100 ingressos tenham sido vendidos logo no primeiro dia de vendas. Ok. Entendido.
Mas esse desprezo pelo campeonato é perigoso e inconsequente. Primeiro que abre mão do jogo contra o Bragantino antes mesmo de entrar em campo. Sabemos que o time tem poucas opções. No máximo, 14 titulares. O próprio Carpini demonstra isso na escalação.
Digamos que o Guarani tenha a perda de cinco ou seis titulares poupados em Bragança e que recebam o terceiro cartão amarelo no clássico com a Ponte Preta. Será que vale a pena ir com time mambembe para o confronto diante do Vila Nova, marcado para o dia 12 de novembro e que na prática é um confronto direto na luta contra o rebaixamento? Repito a pergunta: vale a pena?
O que deve ser feito é Thiago Carpini treinar a equipe para que ela fique mais compactada e atenta na marcação. Com tal procedimento, a possibilidade de faltas é reduzida drasticamente e o risco de perder jogadores é remoto. E mesmo se acontecer a perda de atleta, que as decisões sejam tomadas rodada após rodada. Vencer o dérbi é importante, mas muito mais vital é assegurar presença na Série B em 2020.
Além disso, fique atento para a lista de jogadores com dois cartões: Bruno Souza, Davó, Deivid Souza, Diego Giaretta, Filipe Cirne, Jefferson Paulino, Kléver, Luiz Gustavo, Michel Douglas e Vitor Feijão.
Posso até concordar que perder Davó pode ser preocupante. Ou até, vá lá, Diego Giaretta. Quanto ao restante, tenho minhas duvidas.
Que o Guarani continue a jogar cada partida como se fosse uma decisão e com máxima concentração. Até porque o Alviverde não está em condição de descartar nenhum jogo. Por mais difícil que possa parecer à primeira vista.
(Elias Aredes Junior)