Guarani e 180 minutos para colocar a campanha na Série B em xeque!

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Com a segunda minimeta cumprida, o Guarani prepara-se para um novo desafio nos 180 minutos seguintes. Somar pontos diante do Goiás, amanhã à noite no Brinco de Ouro e diante do América Mineiro, em Belo Horizonte representará não só um selo de qualidade como também será a comprovação de que o alviverde está preparado para disputar as posições dianteiras e sonhar com a divisão de elite em 2017.

Basta verificar o retrospecto dos oponentes. Nesta década, tanto Goianos como Mineiros jamais visitaram a terceirona nacional. Mais: o Coelho tem duas participações na divisão de elite em 2011 e 2016, quando somou no total 55 pontos. Foi rebaixado nas duas oportunidades e encontrou seu nicho de mercado na segundona com quatro participações com 238 pontos no total, sendo que o melhor desempenho foi em 2015 quando cravou a quarta posição com 65 pontos.

Apesar de envolvido em confusões administrativas no seu departamento de futebol, o Goiás tem respaldo para dizer que conhece o Campeonato Brasileiro. Nas edições disputadas de 2011 a 2016, o time teve participações consecutivas de 2013 a 2015 e somou no total 144 pontos. Seu melhor desempenho foi em 2013 quando ficou na sexta colocação com 59 pontos. Na segundona, em 2012 foi o campeão com 78 pontos.

Administrativamente, as duas equipes têm pontos superiores ao Guarani. O América Mineiro já está consolidado com o seu modelo de Conselho de Administrativo com sete presidentes enquanto que o Goiás tem um Centro de Treinamento e um orçamento muito acima do alviverde campineiro.

Hoje o América Mineiro é o terceiro colocado com 20 pontos enquanto que o Goiás está com 17 pontos mas nas últimas quatro rodadas somou seis pontos contra Náutico e Luverdense e perdeu para o líder Juventude por 3 a 0 e tropeçou no clássico com o Vila Nova: 2 a 0.

No restrospecto histórico, o Guarani tem com que se preocupar porque está em desvantagem. Contra o Goiás são 10 vitórias, 11 empates e 11 derrota. O saldo também é negativo diante dos Mineiros com três vitórias, sete empates e cinco derrotas.

Ou seja, vencer não será símbolo de reabilitação mas de que será possível encarar de igual para igual qualquer gigante. Até o Internacional? Que a bola encaminhe a resposta.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

5 Comentários

  1. Se o GFC quiser sonhar com algo mais o Vadão vai ter que ser mais ousado em termos táticos e mudanças nominais. Infelizmente, neste momento, não vejo tal postura no comandante bugrino.

  2. Essa mini-meta será bastante difícil de ser batida. Se fizermos os 10 pontos, realmente estaremos credenciados a brigar lá em cima.

    Faça uma análise, Elias, e repare: das 7 vitórias do Guarani, 6 delas foram contra times que estão de décimo quarto para baixo. Dado interessante, não é?

    Talvez, esse dado mostre que sabemos ganhar pontos de times inferiores, o que já é algo muito bom, uma vez que é comum times melhores tropeçarem contra times mal colocados, nessa série B maluca.

    Entretanto, se queremos subir, precisaremos também ganhar de times como Goiás, América-MG, Ceará, etc. Ao menos nas partidas em casa.

    Será uma prova de fogo. Ainda mais sem Eliandro. Acho que vamos conseguir sobreviver e fazer pelo menos 8 pontos, usando os outros 2 de gordura que já temos.

  3. O importante é não sofrer antes do tempo. OK, América-MG, Goiás, Ceará, postulantes ao acesso nessa sequência da terceira minimeta, mas a preparação tem que ser jogo a jogo, sem precipitações.

    Vadão vai precisar ajustar esse time, pois não tem mais o camisa 9 para fazer a parede, segurar os zagueiros do time adversário. O meio de campo também precisa ser revisto. Se o time pegar adversários que não tem a linha de marcação adiantada e que esperam o contra-ataque, caso do Juventude, Oeste e Santa Cruz, o time vai sofrer. Precisa achar um equilíbrio de não expor os zagueiros e conseguir fazer a transição do meio de campo para o ataque. Não adianta nada o time ter mais posse de bola, ficar rodando a bola e ser improdutivo no ataque.

    O mais prudente na minha opinião seria uma formação próxima da que jogou contra o ABC (Rycharlison voltando para fazer uma linha de 3 marcadores, fixando mais o Evandro). Além disso, não acho boa idéia o Braian Samúdio centralizado.

    Se o Vadão não quiser mudar muito a característica do time, 2 substituições mais prováveis. Saca Claudinho, desloca o Braian Samúdio para a beirada e testa o Caíque centralizado para bater com os beques adversários. A outra seria a entrada do Luiz Fernando no lugar do Fumagalli para dar mais dinamismo no meio de campo.

  4. “a preparação tem que ser jogo a jogo, sem precipitações.” PERFEITO! O Campeonato ainda vai sofrer muitas modificações na tabela, então é precipitado dizer que o Guarani pouco venceu jogando contra os 10 primeiros ou que venceu jogando contra os 10 últimos. Lembro que, quando enfrentou Figueirense e Paysandu, apesar do último vir de derrotas, mas ambos vinham com boas colocações. Sim, sei que era cedo, mas era o momento dos times no campeonato, tanto América quanto Goiás não vinham bem, assim como quando enfrentou Criciúma e este também não estava entre os 10.

  5. Antes do jogo começar: “o Guarani só venceu um adversário entre os 10”. Passado o jogo e, mesmo tendo vencido o Goiás, o Guarani ainda só venceu um adversário entre os 10, pq o Paraná perdeu e caiu na tabela. Então, sei que ainda a parada até o fim do primeiro turno será muito difícil, mas estas análises, embora já tenhamos 1/3 do campeonato, é cedo para se falar pois ainda muita coisa pode acontecer. Aliás, dei uma olhada na tabela do ano passado, por exemplo, e o Avaí, que subiu, nesta parte do campeonato estava na outra metade da tabela.