Guarani fica extasiado pelo retorno à Copa do Brasil. Não deveria ser assim!

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Nada mais reflete com clareza a incompetência vivida pelo Guarani nos últimos 20 anos do que as celebrações sobre sua reestreia na Copa do Brasil nesta quarta-feira, contra o Avenida (RS), em Santa Cruz do Sul. Presença celebrada neste espaço, mas que gera uma reflexão. Algo que deveria ser rotina e com resultados marcantes virou algo com luz de milagre.

O Alviverde não aparece há cinco anos em uma edição da competição nacional. Em condições normais deveria encontrar-se no gramado, seja pela situação de ranking ou por sua colocação na competição estadual. De 2014 a 2018 teve que suportar o calvário da Série A-2 e com isso a exclusão. E só voltou porque conquistou o titulo da segundona regional. Caso contrário, o destino seria assistir pela televisão.

Pense, recorde, reflita. A equipe do interior com três participações em Copa Libertadores, campeã  brasileira de 1978, dois vices campeonatos nacionais, duas medalhas no campeonato paulista está exultante em disputar a Copa do Brasil.

Quando exigimos um crescimento da estrutura do Guarani e da melhoria de capacidade de arrecadação é para que fatos como esse não sejam considerados fora da curva. Melhor: é preciso buscar um aperfeiçoamento em relação ao próprio passado recente.

Quando a incompetência e a falta de rumo dão as cartas a irregularidade é convidada de honra. O retrato foi bem feito pela reportagem do portal Globo Esporte.com cuja amostragem revela que avisos foram dados pela própria Copa do Brasil de que algo não ia bem. De 2009 a 2003 as eliminações foram na segunda fase; e nos períodos de 2004 a 2008 e de 2009 a 2014 nunca houve algo para se destacar. Ou seja, o Guarani de protagonista virou um coadjuvante opaco no futebol brasileiro até sair de 2013 a 2016 do G-40, integrantes das Séries A e B.

Que uma realidade diferente comece a ficar diferente a partir dos 90 minutos contra o Avenida (RS).

(análise feita por Elias Aredes Junior)