Pouca gente se deu conta dos desafios colocados ao técnico João Brigatti assim que os treinamentos forem retomados. As contratações realizadas pela diretoria pontepretana forçadamente vão provocar alterações no estilo de jogo e na formação nominal. A esperança é que seja encerrada a sina das ligações diretas e a ausência de imaginação reinante no meio-campo, um expediente presente na gestão de Gilson Kleina.
É bom que se tenha claro que tal conceito tinha o aval dos responsáveis pelo departamento de futebol profissional. Leia-se Gustavo Bueno, que considera necessária a utilização da marcação e da força física para prevalecer na segundona nacional.
Dois novos componentes não podem ser excluídos: João Paulo e Camilo.
Brigatti terá que arrumar uma maneira de colocar os dois no time titular. Como o primeiro já estava na Macaca e o segundo mostrou plena forma na campanha do Mirassol no Paulistão, é de se prever que não haverá entrave.
Se não inventar ou querer abraçar ousadias, João Paulo pode ficar posicionar um pouco mais pelo lado do campo, especialmente o esquerdo e com isso ser encarregado de jogadas trabalhadas por aquele setor. Com a presença de Ernandes, abre-se um leque de possibilidades de jogadas ofensivas.
Detalhe: que não se treine jogadas em que João Paulo tenha que dominar a bola desde o campo defensivo e construa a trama desde o nascedouro. Melhor seria posicioná-lo na zona intermediária de modo a que tenha fôlego não só para fazer a jogada como também para fechar pelo setor de armação.
E Camilo? Pode ser o condutor de bola, aquele encarregado de leva-la nas imediações da grande área e preparar para o bote final dos atacantes. Chutes de média e longa distância podem ser feitos. Claro, desde que os companheiros desloquem-se e assim abram espaço.
Veja que citei apenas dois jogadores e variáveis estão colocadas.
É hora de colocar a mão na massa. E mudar o rumo da prosa. Para o bem da Macaca.
(Elias Aredes Junior)