Jogos com intervalo de 48 horas? Uma loucura total!

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Em declarações para veículos de comunicação neste final de semana, representantes da Federação Nacional de Atletas de Futebol afirmara, que uma saída para o cumprimento do calendário seria a realização de partidas com intervalo de 48 horas. Uma loucura. De acordo com o presidente da entidade, Felipe Augusto Leite, a intenção é adotar tal estratégia em praças esportivas próximas.

Exemplo: o Guarani joga no Brinco de Ouro contra o Náutico e uma sexta-feira e a Macaca no sábado encara o Confiança no Majestoso. Sendo assim, no domingo, o Alviverde poderia encarar o Oeste em Barueri e a Macaca enfrentar o Botafogo em Ribeirão Preto na segunda-feira. Espero que tanto o presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo como Ricardo Moisés repudiem tal ideia. E de modo veemente.

Além de ser um atentado a saúde dos atletas, os dois times não tem dinheiro suficiente para montar um elenco com 20 ou 22 jogadores qualificados. Ou alguém acha que um titular poderá jogar duas vezes em menos de 48 horas? Esqueça. Custe o que custar, o intervalo de 66 horas deve ser obedecido.

Como (com razão!) defendem o campeonato com 38 rodadas, devemos transpor o modelo atual. Qual? Hoje, acredito que agosto poderá ser o marco de inicio do futebol brasileiro. Que as Séries A, B e C começam em agosto e terminem em fevereiro as duas principais divisões. E que os estaduais de 2021 sejam enxugados ou encaixados em outra época do ano até ocorrer a adaptação completa. O que não dá é arrebentar com a saúde dos atletas.

(Elias Aredes Junior)