Leonardo Fagundes, o “mordomo” da vez no Guarani. Merecido? Jamais!

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Michel Alves anunciou uma mudança na Comissão Técnica do Guarani. Leonardo Fagundes foi demitido. Outra mudança foi a saída do analista de desempenho Danilo Benjamin. O substituto escolhido foi Estéphano Djian, que deixou o Cruzeiro no início do ano. Para a preparação física foi designado Rafael Tamarindo, que nos últimos 12 anos atuou pelo Mirassol.

Da maneira como toda a operação foi executada a impressão transmitida é que Leonardo Fagundes e Danilo foram como os “mordomos” da vez. Sabe aquele que é sempre o culpado nos filmes de mistério? Pois é. Queira ou não, o Alviverde deixou tal impressão. Não falaram nada neste sentido? Concordo. Mas as vezes gestos falam mais alto.

Concordo que o Guarani deixou a desejar na parte física após a pandemia. Em alguns jogos, o desgaste era nítido. No entanto, algumas perguntas ficam no ar: o planejamento de Fagundes foi executado só por ele? Não teve anuência do treinador e dos responsáveis pelo departamento de futebol? Se a resposta for positiva, o que justifica colocar toda a culpa nos seus ombros?

O Guarani oferece uma infra-estrutura minimamente necessária para que os jogadores tenham a forma física ideal?Assim como criticamos com veemência quando o treinador é considerado o único culpado e assim é demitido, também é incoerente fazer isto com Fagundes.  Leonardo Fagundes foi contratado em março do ano passado. A campanha fulminante de recuperação do returno da Série B teve sua participação. Inclusive a equipe anotava gols no segundo tempo. Certamente fruto do seu trabalho. Por que agora foi escolhido como único culpado?

Futebol é antes de tudo, processo e tomada de decisão. Nada pode ser feito com planejamento e de modo individual. Que Rafael Tamarindo tenha êxito. Que produza um bom trabalho. Mas que os dirigentes tenham em mente: ele não faz milagre. Assim como Fagundes não fazia.

(Elias Aredes Junior)

A integra da entrevista coletiva está aqui: